Brasil acelera dependência das autopeças chinesas

Sindipeças revela alta de 22% este ano, com as compras superando US$ 2,5 bilhões de janeiro a julho

Em relatório da balança comercial que acaba de ser atualizado no site da entidade, o Sindipeças revela alta de 22% nas compras de autopeças chinesas este ano, com US$ 2,5 bilhões registrados no acumulado de janeiro a julho ante total de US$ 2,07 bilhões de idêntico período do ano passado.

Esse avanço no acumulado do ano e de 13,7% no comparativo de julho com o mesmo mês de 2024, “reflete não apenas os preços competitivos e a produção em larga escala do país asiático, mas também o fortalecimento de sua posição na cadeia global de autopeças, ampliando a dependência brasileira em relação aos fornecedores chineses”, reconhece o Sindipeças.

Com China na liderança, as importações de autopeças provenientes de 153 países atingiram US$ 13,6 bilhões, alta de 15,6% sobre cifra de US$ 11,8 bilhões alcançados nos primeiros sete meses do ano passado. As exportações para 192 mercados também cresceram no período, mas em ritmo menor, da ordem de 8,5%, de US$ 4,38 bilhões para US$ 4,75 bilhões.

“O acelerado ritmo das compras externas segue como principal responsável pelo aumento do déficit, que atingiu US$ 8,9 bilhões de janeiro a julho frente a igual período de 2024 (US$ 7,4 bilhões)”, informa o Sindipeças, lembrando que a Argentina mantém-se como principal mercado das peças brasileiras. As exportações para o país vizinho atingiram US$ 1,81 bilhão até julho, valor 38,2% superior ao do mesmo período do ano passado (US$ 1,45 bilhão). Os dois outros principais mercados, contudo, estão em queda, que é de 5,8% no caso dos Estados Unidos e de 18,6% para o México.

Do AutoIndústria