Brasil ainda não tem plano de vacinação definido

Enquanto em países como o Reino Unido, onde a saúde da população é levada a sério e a vacinação contra a Covid-19, tratada com prioridade, já começou, no Brasil segue como disputa política.

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Pressionado por governadores, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello afirmou em nota que um plano de vacinação deve ser anunciado pelo governo Bolsonaro “em breve”.

No estado de São Paulo, o governador João Doria diz que pretende vacinar a população no fim de janeiro, já Pazuello, afirmou que é possível aplicar as primeiras doses ainda este mês ou no próximo em caráter restritivo. O que contradiz com as afirmações anteriores do próprio governo de que o aval de qualquer vacina pela agência reguladora levaria 60 dias.

Ontem o Instituto Butantan iniciou a produção da Coronavac, produzida pela fabricante chinesa Sinovac, em São Paulo. A vacina foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de forma temporária para uso emergencial, em caráter experimental.

Segundo a agência o “uso emergencial” é diferente do “registro sanitário”, que é a aprovação completa para uso de um imunizante. O registro definitivo depende de mais dados e da conclusão de todas as etapas de teste da vacina.

No Brasil, quatro vacinas estão em testes de fase 3: a da Pfizer, a de Oxford, a da Johnson e a da Sinovac.

Testes vencidos

A Anvisa aprovou a extensão do prazo de validade dos 7 milhões de testes para a Covid-19 que o governo federal mantém em estoque. A extensão vale por quatro meses a partir do vencimento original. Assim, testes com validade para dezembro poderão ser usados até abril.