Brasil aposta nos biocombustíveis com novo projeto de lei
O projeto de lei também prevê o aumento da mistura de etanol na gasolina para 35% e do biodiesel no diesel para 25%
O Projeto de Lei do Combustível do Futuro, aguardando aprovação presidencial, promete fomentar a produção e uso de biocombustíveis no Brasil, fortalecendo sua vantagem sobre os veículos elétricos no curto prazo. Segundo Marcelo Bragança, vice-presidente de Operações da Vibra Energia, a infraestrutura existente para biocombustíveis, que é compatível com a dos combustíveis fósseis, já coloca o Brasil em uma posição estratégica. “O Brasil tem tudo para se tornar um grande polo de produção de biocombustíveis avançados”, disse Bragança.
Por outro lado, o executivo pontuou que a expansão dos veículos elétricos ainda enfrenta barreiras, especialmente pela limitada rede de pontos de carregamento. Ele ressaltou que a facilidade de encontrar postos de combustíveis tradicionais em qualquer esquina faz com que os biocombustíveis líquidos, especialmente os que contêm maior teor renovável, ainda sejam a preferência nos próximos anos.
Mesmo assim, a Vibra Energia está investindo em infraestrutura de recarga elétrica, com planos de instalar carregadores rápidos em 9 mil quilômetros de rodovias, permitindo uma carga completa em apenas 15 minutos. O projeto de lei também prevê o aumento da mistura de etanol na gasolina para 35% e do biodiesel no diesel para 25%, sujeito a estudos de viabilidade técnica.
A expectativa é que a demanda por combustíveis no Brasil aumente significativamente até 2030, com os biocombustíveis liderando esse crescimento, enquanto os combustíveis fósseis terão uma expansão mais modesta. Com essa política, o Brasil reforça sua aposta nos biocombustíveis, consolidando-os como uma solução viável no futuro próximo, mesmo diante do desafio de eletrificação no setor de transportes.
Do UDOP