Brasil atrai fábricas de marcas chinesas de carros

Nos últimos anos, o Brasil tem se tornado um destino estratégico para as montadoras chinesas. Com um mercado automotivo em transformação e demanda crescente por eletrificação, várias marcas do gigante asiático já iniciaram ou planejam sua produção local. A BYD e a GWM (Great Wall Motors) saíram na frente no processo de industrialização no Brasil. A BYD já está construindo seu complexo fabril em Camaçari (BA), ocupando a estrutura deixada pela Ford. A fábrica será responsável pela produção de veículos elétricos e híbridos, além de baterias e chassis para ônibus elétricos.

Já a GWM escolheu Iracemápolis (SP) para instalar sua linha de produção. A unidade, que pertencia à Mercedes-Benz, já está sendo adaptada para fabricar SUVs híbridos e elétricos, incluindo modelos da linha Haval. As marcas Omoda & Jaecoo, que fazem parte do grupo Chery, também estão avançando no mercado brasileiro. Antes mesmo da produção nacional, prevista para 2025, a fabricante já nomeou mais de 30 grupos de concessionárias, que atuarão em 17 estados e cerca de 40 cidades. Com isso, a rede já nasce com mais de 50 lojas personalizadas.

A GAC Motor iniciará a operação no Brasil importando três modelos elétricos da submarca GAC Aion: Y Plus, Hyptec HT e ES. O primeiro lote, com cerca de 300 unidades, já foi embarcado na China e deve chegar ao país em abril, com vendas previstas para o segundo trimestre de 2025. A empresa já nomeou 20 grupos de concessionárias que atuarão em grandes centros urbanos. Algumas lojas devem ser inauguradas no início das operações, com expansão ao longo do ano. Além dos elétricos, a GAC anunciou planos para vender veículos híbridos e híbridos flex no Brasil.

A montadora chinesa também assinou um acordo com três universidades federais para criar um centro de pesquisa e desenvolvimento no país. O objetivo é adaptar e desenvolver tecnologias de propulsão híbrida flex, mirando o mercado local. Pensando no futuro, a GAC já considera a instalação de uma fábrica nacional, com previsão de produção de até 15 modelos nacionais até 2030. Com essa movimentação intensa, o Brasil se consolida como um dos principais mercados estratégicos para as montadoras chinesas fora da Ásia, reforçando a presença cada vez maior dessas marcas no setor automotivo nacional.

Do Web Motors