Brasil busca investimento chinês para 1º leilão de baterias em larga escala
MME quer atrair empresas como Huawei, BYD e CATL para reforçar a estabilidade da rede elétrica
O Brasil se prepara para realizar seu primeiro leilão de baterias em larga escala, com o objetivo de reforçar a confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) e aumentar a integração de fontes renováveis, como solar e eólica. Para isso, o Ministério de Minas e Energia (MME) está buscando investimentos internacionais, com foco especial em empresas chinesas do setor energético.
Durante uma missão oficial à Ásia, o ministro Alexandre Silveira se reuniu com representantes de empresas como Huawei Digital Power, BYD e CATL, além de outras companhias como Envision, Sungrow, HyperStrong e Hithium Energy. O objetivo dos encontros foi apresentar oportunidades de investimento e discutir tecnologias de baterias e redes inteligentes em grande escala.
Segundo especialistas, os sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) são fundamentais para equilibrar períodos de excesso de geração, especialmente durante feriados e momentos de baixa demanda, garantindo maior estabilidade e eficiência ao sistema elétrico brasileiro. A Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia estima que cerca de 18 GW de projetos estão prontos para registro no leilão, sendo que a contratação de apenas 2 GW poderia gerar aproximadamente R$ 10 bilhões em investimentos.
O leilão está previsto para ocorrer ainda em 2025 e fará parte do modelo de Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), que assegura que a oferta de energia seja suficiente para atender à demanda do país. Fontes oficiais e documentos, como a Consulta Pública nº 176/2024 e a Portaria 812/GM/MME, detalham as regras e diretrizes do leilão, reforçando o compromisso do governo com a transparência e a segurança jurídica para investidores nacionais e internacionais.
Do InsideEVs