Brasil, Covid-19, CPI e o mundo do trabalho
CPI da Covid aprova relatório final. O documento, elaborado ao longo de seis meses, será enviado a órgãos de investigação. Foram propostos 80 indiciamentos. Bolsonaro figura entre eles.
O país contabilizou, até o momento, 606.293 mortes evitáveis. Os impactos econômicos e sociais da pandemia são evidentes e afetam os meios de subsistência e o bem-estar de milhões de pessoas e constituem grave ameaça à saúde pública, compromete os locais de trabalho e as organizações de trabalhadores.
Estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho) realizado este ano destaca a necessidade de “fortalecimento da proteção social, a universalização de sua cobertura e a melhoria de sua governança”.
Segundo o levantamento, “os efeitos da pandemia foram ampliados na América Latina e no Caribe porque havia milhões de pessoas sem redes de proteção contra a perda de renda e emprego, e os sistemas de saúde estavam à beira do colapso, e não se caracterizavam como sistemas de proteção abrangentes, que garantissem acesso universal à saúde”.
Nesse contexto, há que se considerar, ainda, a chamada síndrome pós – Covid, em que até 80% dos recuperados sentem ao menos um sintoma por quatro meses ou mais, depois do fim da infecção. Casos graves da doença, que exigiram internação e UTI, comprometem mais o organismo e por mais tempo.
Assim, a questão da saúde impõe-se às organizações sindicais como uma das prioridades nas lutas em defesa dos interesses das trabalhadoras e trabalhadores.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente