Brasil deve respeito a Palocci

A condução da economia pelo ex-ministro tirou o País do estado de falência
deixado por FHC. Segundo o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, apesar
das nossas críticas a alguns aspectos dessa política, hoje o Brasil gera mais de
100 mil empregos ao mês, a renda do trabalhador subiu e todos os indicadores
econômicos apresentam segurança.

Saída de Palocci não abala o crescimento, diz Feijóo

“Palocci prestou um grande serviço ao País, foi um excelente ministro, embora
sempre tenhamos criticado aspectos de sua política, como as altas taxas de
juros. Sua saída não deve abalar o crescimento do Brasil”. A análise é do
presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, ao comentar a demissão do ministro
da Fazenda, Antonio Palocci.

Feijóo resumiu o respeito que o País deve a Palocci. O ex-ministro assumiu o
cargo com a herança maldita deixada por FHC e encontrou o Brasil à beira do
abismo. O desemprego atingia níveis altíssimos; a CUT e nosso Sindicato
promoviam seguidas campanhas para tentar preservar os postos de trabalho; a
produção da indústria caía e fábricas fechavam; o mesmo ocorria com o comércio,
que não vendia porque os salários estavam em queda acentuada. A sociedade não
via saída.

Na verdade, o caos se instalara em toda a economia. O dólar subia sem parar;
a bolsa caia; a inflação estava sem controle; o risco-país atingira o nível mais
alto na história; o Brasil registrava déficites comerciais seguidos; a fuga de
capitais -que é o primeiro sinal da falência de um país – se intensificava.

Palocci tomou posse e implantou uma política ortodoxa de ajustes, mas sua
ação trouxe resultados positivos indiscutíveis.

Cerca de cem mil empregos são criados todo o mês; mais de 70% das categorias
tiveram aumentos reais; a massa salarial subiu após vários anos de queda; a
indústria retomou o crescimento e novos investimentos; o comércio retomou as
vendas; o salário mínimo apresenta uma recuperação robusta e os indicadores
sociais são animadores.

Na economia em geral, a inflação está sob controle; o valor do dólar caiu
pela metade, o risco-país está no nível mais baixo da história; e os indicadores
econômicos apresentam segurança. Enfim, a falência está afastada. Essa é a
dívida do Brasil com Palocci.

CUT denuncia: querem derrubar governo federal

Em nota oficial a CUT denuncia: “É inaceitável que a saída do ministro da
Fazenda continue sendo usada como combustível de uma oportunista e hipócrita
campanha da oposição, com a ajuda de setores da mídia, para desestabilizar o
governo federal”.

Alvo é Lula – Em outras palavras, Palocci sai vítima de uma
guerra promovida pelas elites, através da mídia, contra Lula. Atingindo o
ministro eles querem acertar o presidente. A oligarquia, os coronéis, os ricos e
poderosos não engolem o sucesso de Lula nas pesquisas após quase um ano de
ofensas e denúncias sem provas em rádios, jornais, revistas e tevês.

As elites não pensam no futuro do País. Elas querem apenas derrubar o
presidente para manter seus privilégios. E isso os trabalhadores não vão
permitir.

Mantega quer juros “civilizados”

O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que não há motivo que
impeça uma queda mais expressiva nos juros, desde que o combate à inflação seja
preservado porque aumenta o poder de compra do salário do trabalhador. “O Brasil
tem de ter taxas de juros civilizadas que permitam estimular a produção e o
consumo”, afirmou.

Ele negou, entretanto, que o governo planeje interferir no Banco Central, a
quem cabe definir a taxa de juros, que hoje está em 16,5% ao ano.

Mantega também defendeu o câmbio flutuante, mas admitiu que o real valorizado
prejudica alguns setores.

“A política econômica não mudará porque ela não é de qualquer ministro”,