Brasil é exemplo no combate ao trabalho escravo

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho completou 10 anos em junho e durante esse período libertou 15.224 pessoas que trabalhavam em condições parecidas com a de escravos.

Desse total, 9.331 trabalhadores foram libertados durante o governo Lula, quando foram fiscalizadas mais de 500 propriedades rurais.

O resultado demonstra o compromisso do atual governo em erradicar a prática do trabalho escravo no País.

Para Patrícia Audi, da Comissão de Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho, “a ação do governo é reconhecida internacionalmente, seja pela apresentação da lista suja que identifica quem são os maus empresários, como também pelas condenações aplicadas pela Justiça do Trabalho”.

De acordo com a Secretária de Inspeção de Trabalho, Ruth Vilela, a partir de 2003 o programa para erradicação do trabalho escravo obteve um salto de qualidade, com o fortalecimento da rede de parceiros governamentais, entre eles os ministérios, Ministérios Públicos Federal e do Trabalho.

Várias ações do governo procuram fechar o cerco aos exploradores. Uma das mais importantes é uma parceria com bancos públicos para inibir o acesso ao crédito de pessoas físicas e jurídicas envolvidas com trabalho escravo.

Ruth Vilela explicou que durante muitos anos os governos financiaram projetos e atividades econômicas sem verificar as condições em que estas estavam sendo exercidas, tanto do ponto de vista do trabalho, como do ambiental.

Por pressão da CUT, também foram assinados pactos com o setor siderúrgico para prevenção do trabalho escravo na produção de carvão vegetal e com várias federações patronais e grandes empresas para evitar a contaminação da cadeia produtiva com essas práticas inaceitáveis.