Brasil é o melhor preparado para enfrentar a crise, garante Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto), aproveitou o encontro para fazer uma exposição sobre a situação econômica do Brasil. “Entre os países emergentes, o nosso demonstrou estar melhor preparado para enfrentar a crise financeira mundial”, disse.

Mantega afirmou que a situação do País é resultado da preparação da economia após a posse de Lula.

“Nós implantamos um novo ciclo de desenvolvimento, no qual o governo voltou a investir e vai continuar investindo no social. Isso permitirá que nossa economia cresça 4% em 2009 e continue gerando riqueza, distribuindo renda e criando empregos”, prosseguiu.

Outros instrumentos destacados pelo ministro para fazer frente a crise foram a diversificação das exportações brasileiras, que antes se dirigiam apenas aos países centrais e hoje chegam a diversas nações; as reservas superiores a 200 bilhões de dólares, que permitem continuar levando investimentos para a sociedade; e a estabilidade dos bancos oficiais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES).

Outro tempo
“No passado, um espirro lá fora chegava aqui como pneumonia. Hoje, uma pneumonia lá fora chega aqui como um espirro”, disse Mantega, ao dar um exemplo da maneira que o governo federal encara as consequências da crise.

“Imagine se FHC tivesse privatizado o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás, como era seu projeto. Ele teria acabado com a capacidade do País investir e estaríamos extremamente vulneráveis à crise. Seu impacto seria igual ao registrado nos Estados Unidos e outros países bastante afetados”, afirmou Sérgio Nobre.

“Toda a crítica que fizemos ainda na década de 90 ao modelo neoliberal demonstrou estar correta. O Brasil precisa de um Estado forte e democrático, com capacidade de estimular a economia e defender seu povo. É isso que faz a diferença hoje”, prosseguiu o presidente do Sindicato.

Preparado
“O Brasil é o país mais bem preparado entre os emergentes para enfrentar a crise. Por isso, da mesma forma que os Estados Unidos só se consolidaram como potência após atravessar bem a crise provocada pela Segunda Guerra Mundial, tenho certeza que o Brasil poderá atravessar esse momento melhor posicionado no cenário mundial”, concluiu Sérgio Nobre.

Também participaram do encontro os ministros Luis Dulci e Dilma Roussef. O presidente Lula não pôde estar presente como era previsto porque realizou visita de emergência a Santa Catarina.