Brasil está bem preparado para enfrentar a crise internacional, diz presidente do BID

A economia brasileira "está muito sólida" e teve um "êxito impressionante nos últimos anos, além da sorte de ter encontrado muito petróleo", declarou Luis Moreno, do Banco Interamericano de Desenvolvimento

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, afirmou que as economias de Brasil, Argentina e dos outros membros do Mercosul estão bem preparadas para enfrentarem a crise financeira mundial.

 

A economia brasileira “está muito sólida” e teve um “êxito impressionante nos últimos anos, além da sorte de ter encontrado muito petróleo”, declarou Moreno.

 

“O Brasil tem uma produção diversificada e desenvolveu uma indústria de alto valor tecnológico”, afirmou o presidente do BID.

 

“Já a Argentina tem uma situação diferente, mas é positivo que tenha normalizado sua situação com o Clube de Paris. Não vejo risco latente em curto prazo”, afirmou.

 

Moreno, que visitou Montevidéu para participar da VIII reunião anual do BID e da sociedade, também disse que após a crise os países emergentes “terão uma cadeira na discussão mundial”, publica o jornal uruguaio “El Observador”.

 

“A América Latina está em uma situação muito diferente dos tempos em que tinha déficit em conta corrente, pois agora há superávit”, declarou.

 

Moreno afirmou que em quatro anos “triplicaram os níveis de reserva” na região “até um pouco mais de US$ 460 bilhões”.

 

“A região tem uma situação macroeconômica muito estável”, acrescentou.

 

Segundo Moreno, “esta é uma região muito diferente e muito melhor preparada para atenuar esta crise que antes”.

 

Ele previu que uma das conseqüências da crise será o surgimento de “mais ventos protecionistas em todas as partes, começando pelos EUA”, o que, na sua opinião, “não é bom”.

 

O presidente do BID disse que após a crise “vai mudar a unipolaridade que existia no Mundo”.

 

Daqui para frente “os países emergentes, que representam um pouco mais de 45% da economia mundial, vão ter uma cadeira na discussão mundial, sem dúvida no aspecto econômico, e conseqüentemente no político”, declarou.

 

Portal O Dia