Brasil obtém vitória sobre EUA

A Organização Mundial do Comércio (OEA) confirmou, na semana passada, a decisão que condena os Estados Unidos a acabarem com os subsídios concedidos à produção e exportação de algodão.

Como não cabe mais recurso, os Estados Unidos têm até 1º de julho para acabar com os subsídios às exportações e 16 meses para acabar com os subsídios aos produtores.

Sem os subsídios, os produtores brasileiros passam a competir com os norte-americanos em condições de igualdade. Por conta destes subsídio, o setor nacional deixou de ganhar cerca de R$ 1,3 bilhão.

O resultado consolida a base jurídica defendida pelo Brasil, a de que os subsídios distorcem o comércio mundial de algodão, ao rebaixar os preços internacionais da fibra.

Isto porque os produtores norte-americanos, já com o lucro garantido pelos subsídios, colocam excesso de algodão do mercado, derrubando o preço do produto e tirando mercado de outros países.

A decisão da OMC dá força às ações dos produtores africanos e de outros países pobres.

Teses brasileiras são vitoriosas

As teses do Brasil na Organização Mundial do Comércio têm rendido outras vitórias.

No ano passado, a União Européia foi condenada a acabar com os subsídios pagos pelos governos dos países aos produtores de açúcar, além de limitar as exportações.

O prejuízo estimado para o Brasil com essa prática foi de R$ 1 bilhão.

No início de fevereiro, a OMC deu ganho preliminar ao processo brasileiro contra as barreiras adotadas pela União Européia para as importações de frango congelado.