Brasil pode se tornar líder mundial em hidrogênio verde até 2030

Estudos internacionais apontam que o país pode se tornar o maior exportador global do gás produzido com zero emissão

O Brasil pode se tornar o maior exportador mundial de hidrogênio verde e, assim, resgatar o protagonismo ambiental de outros tempos. Isso em meio a um cenário onde a Europa, sobretudo a Alemanha, busca transformar sua economia ao reduzir a dependência de petróleo, gás e carvão e ao mesmo tempo cumprir as metas de redução de emissões.

O tema ganhou mais repercussão após a publicação do estudo Green Hydrogen Opportunity in Brazil em janeiro, realizado pela Roland Berger. Nele, a consultoria alemã aponta que o Brasil se tornará o principal produtor de hidrogênio verde H2V em um mercado internacional que está despontando por conta das metas climáticas estipuladas pelo Acordo de Paris, em 2015 e o elemento se tornará a principal fonte de energia do planeta.

No entanto, para que se atinjam as metas de globais de descarbonização, nos termos do acordo climático, é necessário que haja um aumento de seis vezes no consumo global de hidrogênio, passando dos atuais 90 milhões de tonelada/ano para 527 milhões de tonelada até 2050. Primeira molécula de hidrogênio verde em grande escala da América Latina foi inaugurada no Complexo do Pecém, no Ceará, pela EDP

Atualmente, o custo de produção por quilo do hidrogênio verde H2V no mercado internacional, com utilização de fontes renováveis, fica entre US$ 3 e US$ 8. Valor que ficaria na faixa de US$ 2,2 e US$ 5,2 no Brasil, considerando o uso de energia gerada em usinas eólicas ou solares, cada vez mais abundantes no país.

Do InsideEVs