Brasil pode ter política para reciclagem de baterias de elétricos
Texto propõe rastreabilidade, metas de circularidade e incentivo à economia circular
A popularização dos veículos elétricos na última década trouxe diversas questões para o setor produtivo e de serviços. Entre as mais relevantes está o destino das baterias que já não têm mais capacidade de uso, gerando preocupações sobre a forma adequada de descarte. Com um aumento superior a 80% nas vendas em relação a 2023 (foram mais de 177 mil unidades no último ano).
O tema já entrou na pauta do Legislativo, que discute políticas para estabelecer regras de reaproveitamento, rastreabilidade e reciclagem das baterias utilizadas em veículos híbridos e elétricos. O projeto PL 2.132/2025, de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA) tem objetivo de garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva desses componentes, considerados estratégicos para a transição energética e a descarbonização da economia.
Na justificativa da proposta, Wagner argumenta que o Brasil precisa se antecipar aos impactos do aumento no uso de veículos elétricos, com o estabelecimento de um marco legal que promova o reaproveitamento de componentes e reduza os danos ambientais decorrentes do descarte inadequado. O senador cita experiências internacionais e o Acordo de Paris como referências para a formulação do projeto.
Fabricantes, importadores, distribuidores e recicladores deverão assegurar o cumprimento das normas de sustentabilidade, com garantia de transparência quanto à origem dos materiais, respeito aos direitos humanos e informações técnicas adequadas ao reuso, reparo ou reciclagem das baterias. Pelo texto, a política nacional se aplicará a todo o ciclo de vida das baterias utilizadas em veículos elétricos, desde a fabricação até o descarte final.
Do InsideEVs