Brasil precisa mudar para seguir na Copa
Será que o coração do torcedor brasileiro aguenta as emoções de outra partida como a que aconteceu no Mineirão contra o Chile?
Os mais de 201 milhões de habitantes do País correm o risco de um problema cardíaco se o futebol apresentado pela seleção brasileira não melhorar.
Os outros problemas foram resolvidos. Desde o início da Copa, em 12 de junho, a boa organização e os grandes jogos calaram a boca dos ‘profetas do caos’, que previram uma competição desastrosa.
Também já foi por água abaixo a história ridícula de que o Brasil teria comprado os juízes para garantir a conquista do torneio. Se os árbitros estivessem no bolso, Howard Webb daria o pênalti duvidoso sobre Hulk e não anularia o gol em que o atacante supostamente matou a bola no braço. Juiz vendido não vacila em marcar lances polêmicos a favor de quem o pagou e se Webb protegeu alguém, protegeu os chilenos.
Assim, agora que o time passou raspando para as quartas de final, o único modo de acabar com o pessimismo sobre a seleção é a equipe jogar bem. Para isso acontecer, Luiz Felipe Scolari precisa ter coragem de mudar o que não funciona.
O time não apresenta a personalidade agressiva que mostrou na conquista da Copa das Confederações. Ao contrário, nossas pontadas ofensivas se resumem ao talento de Neymar. Por isso as conversas sobre uma possível contusão do atacante tiraram o sono de metade dos brasileiros.
Já o comentário de que Felipão vai sacar Hulk para o confronto contra a Colômbia agradou. Um meia verdadeiro para reforçar o meio de campo seria a opção mais bem vinda. A notícia que Felipão optou por Hernanes na posição pode ser um alívio.
Uma opção diferente é recuar Fernandinho e colocar Ramires ou Paulinho mais a frente ou ainda adiantar David Luiz para atuar de volante e manter Fernandinho ao lado para proteger a defesa.
Outra informação tão bem vinda quanto a saída de Hulk é o lateral direito Daniel Alves não entrar em campo. Um dos pontos mais fracos da seleção– pelo seu lado saiu a maioria dos gols adversários –, o atleta do Barcelona deve ceder seu lugar para Maicon, um jogador com características defensivas e bem mais seguro na marcação.
O Brasil já enfrentou a Colômbia19 vezes e nossa seleção só perdeu uma. O que não pode acontecer na sexta-feira, no Castelão do Ceará, é que o bom futebol colombiano, surpresa neste Mundial, nos assuste como o Chile. É só Felipão mexer no time.
Da Redação