Brasil produzirá 4 milhões de barris/dia e vai gerar 1 milhão de empregos com pré-sal

Atualmente já existe uma sonda teste instalada no pré-sal que produz entre 20 e 30 mil barris de petróleo por dia. O principal objetivo do experimento é fornecer dados que serão utilizados para as futuras explorações

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme de Oliveira Estrella, disse que o pré-Sal fará com que o País amplie a produção dos atuais 2 milhões de barris de petróleo por dia, para 4 milhões de barris em 2020. O aumento na produção, de acordo com o diretor, também resultará na geração de cerca de 1 milhões de empregos, diretos e indiretos. A afirmação foi feita durante Comissão Geral no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (2), para discutir a política de exploração das reservas de petróleo na camada do pré-Sal, descobertos pela Petrobras em 2007.

“O petróleo continuará sendo, na matriz energética mundial, um componente extremamente importante no suprimento energético dos países. Este montante será possível, devido às nossas descobertas no pré-Sal, que serão plenamente exploradas a partir de 2011, 2013”, afirmou Estrella.

Segundo ele, atualmente já existe uma sonda teste instalada no pré-sal que produz entre 20 e 30 mil barris de petróleo por dia. O principal objetivo do experimento é fornecer dados que serão utilizados para as futuras explorações. 
A previsão, de acordo com o diretor, é de que em dezembro deste ano seja instalada a primeira plataforma piloto na região de Tupi, com capacidade para extrair 100 mil barris de petróleo e outros 4 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

“Com este significativo incremento da produção de gás no mercado brasileiro esperamos, em 2011, produzir cerca de 70 milhões de metros cúbicos de gás por dia, o suficiente para suprir as necessidades do mercado nacional”, explicou Estrella. Um dos grandes diferenciais para este novo momento de petróleo no País, segundo Estrella, é o baixo risco oferecido pelo pré-sal.

Desafios – Toda esta riqueza, de acordo com o executivo, exigirá grandes investimentos em tecnologias de automação e representa um grande desafio para a engenharia nacional. “Estamos muito longe da costa brasileira. Temos que investir em novos instrumentos e encontrar soluções, por exemplo, para o problema do alto índice de corrosão dos equipamentos. Estamos diante de um enorme desafio da engenharia brasileira”, afirmou.

O desafio é grande, no entanto, na avaliação do diretor, a Petrobras está preparada. “É uma oportunidade de desenvolvimento tecnológico no país, mas que exigirá soluções inovadoras e, com certeza, a Petrobras tem hoje condições de fazer esta exploração. Para isso, teremos que produzir um conjunto de equipamentos até 2020. Equipamentos de maior parte, que hoje são importados, terão obrigatoriamente, que ser produzidos no Brasil”.

Do Informes PT