Brasil produzirá genérico contra a aids

Ano que vem, o Brasil
começará a produzir o
medicamento genérico do
Efavirenz, utilizado no tratamento
da aids.

Em maio do ano
passado, o Ministério da
Saúde decretou o licenciamento
compulsório
do medicamento que era
fabricado pelo laboratório
Merck Sharp & Dhome,
detentor da patente.
Atualmente, das 200 mil
pessoas que têm o vírus
HIV no Brasil, 80 mil utilizam
o Efavirenz.

Menos dependência – “Pela primeira vez em
muito tempo o Brasil consegue
desenvolver o princípio
ativo de um medicamento
que era protegido por patente.
Com isso, o genérico
brasileiro tem no organismo
humano o mesmo efeito da
marca de referência”, explicou
o ministro da Saúde,
José Gomes Temporão.

O genérico será produzido
pelos laboratórios
Farmanguinhos (da Fundação
Oswaldo Cruz) e de
Pernambuco.

Os laboratórios também
estudam a produção
do Tenofovir, outro para o
tratamento da aids.

Economia – A diretora do Programa
Nacional DST/Aids,
Mariângela Simão, acredita
que a produção trará ao país
maior independência.

O Efavirenz é um medicamento
considerado de
primeira linha e compõe um
dos coquetéis anti-HIV. Segundo
Mariângela, por ano
são consumidos no Brasil
30 milhões de comprimidos
por 80 mil pacientes.
Desde o licenciamento compulsório
o Brasil já economizou
R$ 58 milhões.

Metade do coquetel é importada

Dos 17 medicamentos
que compõem o coquetel
para tratamento da
aids, o Efavirenz será o
oitavo produzido nacionalmente.

Os outros nove são
importados, sendo oito com
patente protegida.

Em 2008, o Ministério
gastará R$ 4 bilhões com
a compra de medicamentos.
Desse total, R$ 1,95
bilhão será destinado aos
anti-retrovirais.