Brasil registra mais de 31,1 milhões de casos de Covid e números seguem em alta
No RN, 100% dos leitos estão ocupados nesta segunda (6) e SP registrou em maio aumento de 251,8% no total de pacientes infectados internados na rede municípal em leitos de enfermaria e de UTIs
O Brasil voltou a registrar aumento do número de casos e também de internações provocadas pela Covid-19 e suas variantes. Desde o fim de abril deste ano, os números têm mostrado alguma piora e em cidades como São Paulo e estados como o Rio Grande do Norte os leitos já estão lotados.
Em São Paulo foi registrado um aumento de 251,8% no total de pacientes infectados pela Covid-19 internados na rede municípal tanto em leitos de enfermaria quanto de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), no mês de maio.
No Rio Grande do Norte, os hospitais voltaram a registrar 100% de ocupação nos leitos para Covid-19. Dos 56 leitos críticos Covid disponíveis no estado, apenas 19 estão disponíveis segundo boletim da plataforma Regula RN.
Natal, a capital potiguar, responde sozinha por 38,2% da procura por leitos. No Hospital Giselda Trigueiro, por exemplo, a taxa de ocupação é de 67%.
O RN registrou até agora 507.566 casos confirmados de Covid-19 e 8.211 pessoas mortas em consêquência da doença.
Números do Brasil
Neste domingo (5), sem dados de oito unidades da federação, o Brasil registrou 12 mortes em consequência de complicações causadas pela Covid-19, totalizando 667.056 desde o início da pandemia.
No mesmo período de 24 horas, entre o sábado e o domingo, foram registrados 4.591 novos diagnósticos, totalizando 31.153.765 casos conhecidos desde o início da pandemia.
Não atualizaram os dados: Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Tocantins.
O que explica a alta de casos?
De acordo com o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Júlio Croda pelo menos quatro fatores explicam a atual elevação do número de casos no Brasil:
1 – a flexibilização das medidas proteção como o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados;
2 – a chegada do frio. Segundo Croda, nos dias entre o outono e o inverno os vírus respiratórios, e não apenas o coronavírus, circulam com mais facilidade.
O boletim Infogripe, da Fiocruz, que acompanha de perto os casos de síndromes respiratórias, informou em sua edição de quarta-feira (1º) que a Covid-19 já respondia por 59,6% dos casos de síndrome e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Em meados de maio, a Covid representava 48% dos casos de SRAG.
3 – A possibilidade de que as subvariantes da ômicron Ba4 e Ba5 possam estar ganhando terreno no Brasil, é outra possibilidade apontada por Júlio Croda.
4 – A estagnação da campanha de vacinação, principalmente da vacinação de reforço no público mais jovem é outro fator relevante, segundo o infectolista da Fiocruz. “E estamos vendo também uma estagnação da quarta dose nas pessoas mais velhas, o que é preocupante porque pode contribuir para o aumento de internações”, acrescentou Croda.
Subvariantes
No fim de maio, o Instituto Todos chamou atenção para o fato de que embora subvariante BA2 da ômicron era prevalente, havia sinais de aumento de BA4 e BA5 – essas duas subvariantes foram responsáveis por um aumento recente de casos na África do Sul têm como característica a fácil disseminação e a baixa letalidade.
SP inicia aplicação da 4ª dose
A cidade de São Paulo inicia nesta segunda-feira (6) a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em adultos acima dos 50 anos e profissionais de saúde maiores de 18 anos pessoas que já completaram quatro meses desde a terceira dose da vacina contra a covid-19.
Cerca de 1,5 milhão de pessoas estão elegíveis para receber essa dose de reforço da vacina. Desse total, 942,8 mil são adultos entre 50 e 60 anos e 600 mil profissionais de saúde maiores de 18 anos.
Da CUT.