Brasil sai novamente do Mapa da Fome com políticas públicas voltadas ao povo
Resultado reflete prioridade do governo federal em garantir renda, emprego, comida no prato e dignidade para os brasileiros e brasileiras

O Brasil voltou a ser referência mundial no combate à fome. No último dia 28, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares, realizada em Adis Abeba, na Etiópia, a FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) anunciou que o país está, novamente, fora do Mapa da Fome.
A retirada foi baseada nos dados trienais de 2022 a 2024, período em que o índice de pessoas em situação de subnutrição caiu para menos de 2,5% da população. A marca foi atingida em tempo recorde: apenas dois anos após o Brasil ter voltado ao Mapa da Fome em consequência do desmonte de políticas públicas iniciado em 2018.
Para o presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, a conquista reafirmou o papel do Estado na garantia da dignidade humana. “Um país rico como o nosso, se levasse a sério as políticas públicas, como tem levado agora, não teria voltado ao mapa da fome. Foi o retrocesso que nos levou de volta ao buraco. E foi com trabalho e decisão política que o governo tirou novamente o Brasil dessa vergonha. Isso é soberania: é garantir que o povo se alimente de forma digna, saudável e com justiça social”, afirmou.

Prioridade
O presidente Lula assumiu o terceiro mandato com esse compromisso como prioridade. E a resposta veio com ações concretas, como o relançamento do programa Brasil Sem Fome, o fortalecimento da agricultura familiar, da merenda escolar, da rede de proteção social e o estímulo à geração de emprego e renda.
Essa é a segunda vez que o país sai dessa condição sob a liderança de Lula, a primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas sociais consistentes. A reversão do retrocesso mostra que, com vontade política e foco na soberania alimentar, é possível mudar a realidade de milhões de brasileiros.
Redução da pobreza e da desigualdade
Entre 2023 e 2024, o Brasil registrou ainda reduções históricas nos índices de pobreza, desemprego e desigualdade. A taxa de pobreza extrema caiu para 4,4%, a menor da série histórica, com quase dez milhões de pessoas saindo dessa condição em relação a 2021.
Segundo o Caged, das 1,7 milhão de vagas formais geradas em 2024, quase 99% foram preenchidas por trabalhadores inscritos no Cadastro Único. Entre eles, 75,5% eram beneficiários do Bolsa Família. Com o aumento da renda, cerca de um milhão de famílias superaram a pobreza e deixaram de receber o benefício em julho de 2025.
Compromisso com o futuro
Além das ações internas, o Brasil propôs e lidera a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a presidência do G20. Com mais de 100 países membros, a iniciativa busca somar esforços internacionais para erradicar a fome até 2030, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A proposta é compartilhar soluções bem-sucedidas, como as políticas brasileiras, e fortalecer a cooperação global por justiça alimentar e soberania dos povos.
Moisés reforça que a luta deve continuar. “O que a gente quer agora é virar a página da fome de vez. Queremos o mapa do crescimento, do emprego, da saúde, de um país justo, feliz e soberano. E isso só se constrói com política pública e com povo organizado”.