Brasil ultrapassa 550 mil mortes pela Covid-19 em meio à escassez de vacina
Com 550.586 vidas perdidas para a Covid-19, o Brasil segue com a vacinação lenta e sem uma política nacional de enfrentamento à pandemia por parte do governo federal.
Nove capitais interromperam a aplicação da 1ª dose da vacina contra a Covid-19, uma das únicas maneiras de proteger a população contra a forma mais grave da doença, em especial, contra a nova variante Delta: Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, João Pessoa, Maceió, Natal, Belém, Florianópolis e Campo Grande.
Governadores responsabilizaram o Ministério da Saúde após mais um atraso no calendário de imunização dos brasileiros pela falta de distribuição das vacinas. Segundo eles, o Ministério tem estoque da vacina. O ministro Marcelo Queiroga negou, mas disse que a distribuição deveria ser normalizada até hoje.
Lentidão
A campanha de vacinação segue lenta no Brasil. No total, 38.026.271 pessoas receberam a 2ª dose ou a vacina de dose única, o equivalente a 17,96% da população.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda como ideal para controle da Covid-19 imunização superior a 80% da população.
Receberam a 1ª dose 96.332.312 pessoas, que equivalem a 45,49% da população, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.
1.101 mortes por dia
O Brasil registrou média móvel em uma semana de 1.101 mortes por dia, variação de -13% em duas semanas.
O total de casos confirmados foi de 19.706.704, com média de 45.362 infectados por dia, variação de +7% em duas semanas.
O país é o segundo no mundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos (605.780). Em número de casos, é o terceiro país, atrás de Estados Unidos e Índia (34,25 milhões e 31,44 milhões), de acordo com a OMS.
SP e ABC
O Estado de São Paulo chegou a 137.273 óbitos e 4.003.549 casos de Covid-19. A taxa de ocupação de UTI na Região Metropolitana está em 50,7%.
O ABC chegou a 9.550 vidas perdidas e 235.011 casos. A média móvel em uma semana foi de 27 mortes por dia e 445 infectados por dia, segundo a ABC Dados.
Receberam as duas doses ou vacina de dose única 2.092.360 pessoas, o equivalente a 20% da população.
A taxa de letalidade do ABC (4,1%) segue mais alta do que a estadual (3,4%) e a nacional (2,8%).
Com informações da CUT.