Brasil vira o jogo da desigualdade social

O Brasil inverteu a lógica perversa da desigualdade social - onde os ricos ganham sempre mais e os pobres sempre menos - e reduziu significativamente a pobreza nos últimos 10 anos.

Nos últimos 10 anos, o Brasil inverteu a lógica perversa da desigualdade social – onde os ricos ganham sempre mais e os pobres sempre menos – e reduziu significativamente a pobreza.

Esta é a conclusão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a Pnad, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, com 370 mil pessoas no País – e solenemente boicotada pelos meios de comunicação.

“Essa foi a década da redução da desigualdade no Brasil”, comemorou o presidente do IPEA, Marcelo Neri, durante a apresentação dos dados, em Brasília.

O estudo aponta, por exemplo, que o aumento 6% ao ano da renda média do trabalhador foi o principal responsável pela diminuição das desigualdades e pela redução 26 milhões de pessoas pobres, que passaram de 41 milhões em 2002 para 15 milhões em 2012.

“Quando, em 2004, a CUT, apoiada pelos Metalúrgicos do ABC, encampou o projeto de valorização permanente do salário mínimo, sabíamos que é um dos principais meios para reduzir as desigualdades”, lembrou o diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba.

Trabalho

Segundo o dirigente, a pesquisa confirma o acerto na adoção desta política e a importância do movimento sindical organizado para a construção de uma sociedade mais justa.

“Não é por acaso que a Pnad destaca o trabalho como principal responsável pelo crescimento da renda para mais da metade da população e, consequentemente, pela diminuição das desigualdades sociais”, afirmou Barba.

Ainda de acordo com a pesquisa, o segundo instrumento mais eficaz na redução da pobreza é o programa de transferência de renda, o Bolsa Família.

“Ficou melhor para todo mundo”, diz Neri

O presidente o IPEA, Marcelo Neri, destacou que 2012 foi o melhor dos últimos 20 anos na redução efetiva da pobreza e no combate às desigualdades sociais. “Foi o melhor ano para todos os brasileiros”, disse.

Para comprovar, ele destacou que a média de crescimento econômico do brasileiro atingiu a marca de 8% e os 10% mais pobres tiveram aumento na renda de cerca de 14%, enquanto o PIB subiu 0,1%.

“O Brasil dos economistas é diferente do Brasil dos brasileiros”, afirmou. “Nem a China cresceu 8% em 2012”, prosseguiu.

Neri apontou também que só no ano passado 3,5 milhões de pessoas saíram da pobreza e o País conseguiu cumprir em dez anos as metas estabelecidas em 25 anos pela Organização das Nações Unidas, a ONU, para reduzir pela metade da taxa de pobreza.

Caminho certo

Outro dado positivo divulgado pela Pnad foi a permanência dos brasileiros na escola. De acordo com o estudo, a educação ligada à força de trabalho cresceu de 5,7 anos em média em 1992 para 8,8 anos no ano passado.

“Estamos no caminho certo para continuar crescendo e ajudando o Brasil a superar suas diferenças históricas”, conclui Barba, diretor do Sindicato.

Da Redação