Brasileiro é o mais otimista entre emergentes
Os consumidores brasileiros estão mais otimistas com o futuro do que os de outros países emergentes, segundo pesquisa do banco Credit Suisse, conduzida pela Nielsen. A empresa perguntou a mais de 14 mil pessoas em oito países qual a expectativa em relação a suas finanças pessoais para os próximos seis meses: se estariam melhores, piores ou iguais. Apenas no Brasil – em um grupo que inclui Rússia, China, Índia, Indonésia, Turquia, Arábia Saudita e Egito -, mais da metade dos entrevistados esperam melhora.
Entre os brasileiros, 58% dos entrevistados disseram achar que a situação vai melhorar; 37% disseram que ficará “na mesma” e para 5% o cenário vai piorar.
“O aumento da renda nominal mitigou os efeitos da inflação, o que fez com que a população [brasileira] continuasse a consumir e direcionasse seus gastos, cada vez mais, para itens que não são de primeira necessidade, como produtos de beleza e tecnologia”, disse Andrew T. Campbell, corresponsável pela área de Latin America Equity Research do Credit Suisse.
Nos outros emergentes pesquisados, a maioria acredita que a sua situação financeira se manterá igual à atual. Na China, os mais otimistas somaram 40% e na Índia, 43%. A Turquia foi o país que mostrou menor proporção de consumidores que acreditam em melhora, apenas 16%.
O Brasil também tem um dos maiores índices de consumo interno, perdendo apenas para a Turquia. O consumo no Brasil representa 62% do PIB. Na China, uma sociedade poupadora, apenas 32% do PIB vem do consumo.
Do Valor Econômico