Brasília sedia primeira conferência nacional
Encontro será centrado em três eixos temáticos para discutir acessibilidade
Começa hoje e vai até 15 de maio a I Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O encontro, em Brasília, estabelece marco histórico no comprometimento com o tema, reunindo mais de mil representantes de diferentes estados.
Convocada pelo decreto de 14 de julho de 2005, a conferência terá caráter deliberativo e a finalidade de analisar obstáculos e avanços da política nacional, além da apresentação de propostas.
Com o tema: Acessibilidade: você também tem compromisso, o encontro vai afunilar debates já realizados nos âmbitos municipal, regional e estadual, em três eixos temáticos: condições gerais para implementação da acessibilidade, acessibilidade arquitetônica, urbanística e de transportes e acessibilidade à informação, à comunicação e às ajudas técnicas.
A partir dessas diretrizes, pretende ampliar a discussão para aprimoramento das políticas públicas e a Política Nacional de Integração, estimular a discussão de conceito, valores e práticas sociais de direito à cidadania em ações imediatas e enfatizar a economia com foco na geração de empregos, além de fomentar a produção de bens e serviços culturais.
A cadeirante Patrícia de Souza Sardinha, integrante do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Santo André, está entre os representantes da região que participarão do evento. “Esperamos que propostas já discutidas em outros encontros sejam aprovadas e possam ser garantidas em leis”, aponta Patrícia, que também integra o Instituto MID para Participação Social da Pessoa com Deficiência. Ela especifica entre os aspectos dos eixos temáticos a educação inclusiva e a adaptação de transportes para pessoas portadoras de deficiência.
Conade – A conferência também vai sediar a eleição da nova diretoria do Conade, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência. A CUT é uma das entidades participantes.
Criado em 1999, o conselho tem como principal função acompanhar e avaliar o desenvolvimento da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, esportes, lazer e política urbana. O mandato dos atuais conselheiros termina no próximo mês.