Braskem registra maior procura por plástico verde, puxada pelo Mover

Após a aprovação do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, Leonardo Augusto de Magalhães Gaban, responsável pela área comercial do segmento automotivo da Braskem, passou a ser muito mais procurado por fabricantes de veículos. A petroquímica há mais de dez anos trabalha com a produção do polietileno verde, nome de guerra do plástico verde, componente que deverá ter demanda crescente pelo setor embora já seja muito usado em embalagens e em bens de consumo.

Segundo Gaban o Mover exige mais aplicação de materiais verdes e reciclados na produção dos veículos, o que fez com que montadoras procurassem a Braskem: “Depois que o Mover foi aprovado quase toda semana temos reunião com alguma montadora para conversar sobre o uso do plástico verde. Elas querem conhecer o nosso portfólio, debater as aplicações”.

O material é uma boa alternativa para colaborar com a emissão do CO2 no processo produtivo do veículo, substituindo o plástico convencional, produzido a partir do petróleo. A grande diferença é a matéria-prima, uma vez que o plástico verde é extraído a partir do álcool da cana-de-açúcar, que em todo o seu ciclo de produção tem uma pegada de carbono negativa, capturando mais CO2 da atmosfera do que emite.

A Braskem espera que ocorra uma demanda maior por resinas plásticas produzidas a partir de materiais reciclados, também puxada pelo Mover. Neste segmento a empresa já atua há alguns anos e é a responsável por toda a economia circular, coletando os resíduos que podem ser reciclados e usados como matéria-prima e cuidando de todos os elos da cadeia produtiva, desde a origem até a reciclagem.

Da AutoData