Brics defendem reforma no sistema monetário internacional
Líderes de Brasil, Rússia, Índia e China participam de cúpula. Segundo agência chinesa, declaração defende sistema estável e confiável
Líderes dos Bric, grupo formado pelos emergentes Brasil, Rússia, Índia e China, divulgaram comunicado nesta quinta-feira (14) em que manifestam apoio a uma reforma e melhoria no sistema monetário internacional, de acordo com informações da agência estatal de notícias chinesa Xinhua.
Segundo a agência, a reforma possibilitaria o estabelecimento de um sistema monetário estável e confiável e com ampla base internacional de reserva.
Líderes dos cinco países que compõem o grupo estão reunidos em Sanya, na China. “A crise financeira internacional expôs as inadequações e deficiências do atual sistema monetário e financeiro”, diz trecho do comunicado citado pela Xinhua.
Segundo a agência, outro ponto da declaração é a defesa de que as estruturas de instituições financeiras internacionais devem refletir as mudanças na economia mundial e aumentar a representação de economias emergentes e países em desenvolvimento. Os países também pediram mais atenção para os riscos envolvendo os fluxos de capitais nos emergentes.
Os líderes destacaram como novo desafio para a recuperação econômica a volatilidade nos preços das commodities globais, principalmente grãos e energia. Segundo o comunicado, os países apoiaram o reforço da cooperação para garantir estabilidade e desenvolvimento do mercado físico, reduzindo distorções e promovendo maior regulação do mercado financeiro.
Turbulências em países árabes e na África
A declaração conjunta dos Brics também aborda os conflitos no Oriente Médio e na África. Os países pediram que o uso da força seja evitado para a resolução dos conflitos internacionais, segundo a Xinhua.
“Estamos profundamente preocupados com a turbulência no Oriente Médio, o Norte e o Oeste Africano e desejamos que os países afetados alcancem a paz, estabilidade, prosperidade e progresso”, afirma o comunidado. “Nós compartilhamos o princípio de que o uso da força deve ser evitado”, diz o texto conforme a agência.
Do G1