BRICS Sindical recebe apoio de Dilma

Dilma ao centro com o presidente da CUT, Vagner Freitas, e outros membros dos BRICS Sindical

“Com aproximadamente 40% dos habitantes e 15% do PIB mundial, os BRICS precisam ser fortalecidos com a participação dos trabalhadores, para o crescimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”.

A afirmação é do presidente da CUT, Vagner Freitas, e segue a proposta da Carta de Fortaleza, documento com reivindicações entregue no último dia 15 à presidenta Dilma Rousseff pela Central e demais entidades que participaram do III Fórum BRICS Sindical, na capital cearense.

O encontro foi simultâneo ao dos chefes de Estado e Governo dos BRICS – formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Como líder dos BRICS, Dilma defendeu o espaço dos trabalhadores para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que a sucederá”, destacou Vagner. Na Carta de Fortaleza, os BRICS Sindical solicitam maiores avanços nas políticas públicas que favoreçam a distribuição da riqueza, a segurança alimentar e energética das nações.

 “A consolidação dos BRICS é um elemento fundamental na democratização das relações internacionais e na abertura de uma maior multipolaridade em arranjos políticos”, afirmou o dirigente.

O grupo considera o Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR) como instrumentos essenciais para a efetiva transformação da atual arquitetura econômica internacional. (Leia mais abaixo)

“Estas novas instituições devem vir para o benefício dos trabalhadores e do desenvolvimento sustentável. E isto só será assegurado se os companheiros forem ouvidos e participarem das deliberações da instituição financeira do bloco”, concluiu Vagner.

Novo banco terá sede em Xangai e presidente indiano

A sede do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS será em Xangai, na China, e a primeira presidência do órgão será de um representante da Índia. O anúncio foi feito no último dia 15 pela presidenta Dilma Rousseff após se reunir com os chefes de Estado dos países que compõem o bloco, em Fortaleza.

O capital inicial autorizado do banco será R$ 222 bilhões e o capital subscrito do banco será R$ 111 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram os BRICS.

O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de governadores será da Rússia e a primeira direção da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco.

 “O banco representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”, disse Dilma.

O acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento e o tratado para estabelecer o Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS foram assinados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os ministros das finanças da Índia e da África do Sul e pelo presidente do Banco Popular da China e do Banco Central da Rússia.

Da Redação