Busca de informações sobre a Lei Maria da Penha cresceu 245%, em 2008

A informação é da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 que registrou mais de 117 mil solicitações de informações sobre a Lei, durante o ano passado

 

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, serviço 24h vinculado à Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, registrou 269.977 atendimentos, de janeiro a dezembro de 2008 – um aumento de 32% em relação ao ano de 2007 (204.978). Vários fatores contribuíram para esse crescimento: maior divulgação da Lei Maria da Penha, melhorias tecnológicas e capacitação das atendentes. Parte significativa desse total deve-se à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha, que registrou, em 2008, 117.546 atendimentos contra 47.975, em 2007. O crescimento corresponde a 245%. 

Central de Atendimento à Mulher
Nos 269.977 atendimentos realizados em 2008 a participação das unidades da federação foi diferenciada. O cruzamento do número de atendimentos para cada 50 mil mulheres, por estado, revelou – ver tabela abaixo – a participação de cada unidade da federação em relação à sua população absoluta.

O Distrito Federal foi o que mais entrou em contato com a Central, com 351,9 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar, está São Paulo (220,8) e Goiás em terceiro (162,8).

Perfil das usuárias

A maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 é negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%).

Tempo médio de atendimento garante escuta qualificada

A maioria das centrais têm como padrão de produtividade garantir atendimentos com tempo médio de 2,5 minutos. Entretanto, no Ligue 180, o tempo de atendimento médio é de 13 minutos (cinco vezes maior) em função da natureza dos serviços prestados. É justamente esse tempo que garante uma escuta qualificada e a acolhida adequada de mulheres em situação de violência. 

Telefone público e TV são os maiores divulgadores do serviço

O meio de comunicação em que as pessoas mais tomam conhecimento da Central 180 é o telefone público, com 18,8%. Milhares de “orelhões” de todo o país estão equipados com uma tecla “180”. 

Em segundo lugar aparece a televisão com 18,1% e logo em seguida vem o serviço de auxílio à lista (102), com 11,7%.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres criou a Central 180 baseada no I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (I PNPM) que previa um serviço nacional que orientasse mulheres em situação de violência. O serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. 

Acesse mais informações estatísticas dos registros da Central 180

 

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres