BYD decide segurar preços mesmo com aumento de imposto
A BYD informou ter estoques suficientes para segurar os preços mesmo após o aumento do imposto de importação agendado para julho, quando a alíquota aplicada sobre carros elétricos subirá dos atuais 10% para 18%, aplicado sobre cota que ultrapassar US$ 226 milhões, e a tarifa de híbridos plug-in aumenta de 12% para 20%, acima de cota de US$ 169 milhões. Henrique Antunes, diretor comercial da BYD Brasil, foi enfático ao ser perguntado sobre qual seria o impacto das novas tarifas sobre os preços dos seus carros importados a partir de julho: “Zero”.
Mas ponderou: “Não reajustaremos nada por causa do aumento de imposto, mas a elevação da cotação do dólar poderá, sim, mexer nos valores”. Segundo o executivo a BYD já formou estoque razoável no País para manobrar os preços: só no primeiro semestre importou mais de 60 mil carros por meio de mais de vinte navios – só em um deles, o Explorer de propriedade da BYD, que atracou no Porto de Suape, PE, trouxe 5,5 mil veículos a bordo.
Está mantida, afirma Antunes, a previsão de importar e vender no Brasil 120 mil carros BYD este ano, consolidando posição do País como seu segundo maior mercado mundial – ainda que muito distante do primeiro, a própria China, onde vende algo como 6 milhões de unidades/ano.
De janeiro a maio foram emplacados 27,2 mil carros da BYD no mercado brasileiro, volume que já supera em quase 10 mil unidades o total de 17,9 mil vendas em 2023 inteiro, quase todas concentradas no segundo semestre, quando chegaram os modelos mais acessíveis da marca, como o Dolphin. Para se ter ideia da ascensão meteórica da marca um ano antes, em 2022, a BYD vendeu apenas 261 automóveis aqui.
Da AutoData/Pedro Kutney