BYD e GWM responderam por 2,4% dos automóveis de passeio em setembro
Em apenas seis meses e sem produção local, marcas negociaram quase 12 mil unidades
É claro que não se trata — ainda — da temida invasão de veículos chineses ao mercado brasileiro. As novatas marcas GWM e BYD têm, até agora, participações residuais. No entanto, já geram algum incômodo para as marcas tradicionais em segmento lucrativos e, mês a mês, vêm colhendo números de licenciamentos crescentes.
O recorde de vendas foi registrado exatamente no mês passado, quando a dupla chinesa, que têm produção local prevista para pelo menos daqui um ano, negociou mais de 3,4 mil veículos — 2,1 mil BYD e 1,3 mil GWM. A participação mensal de 2,4% no segmento de automóveis de passeio também foi a melhor desde que os primeiros veículos das duas marcas começaram a chegar no Brasil importados da China, em meados do primeiro semestre.
Apenas dois meses antes, em julho, a fatia de mercado da BYD e GWM foi a metade, 1,2%, com 2,1 mil licenciamentos, segundo levantamento da Fenabrave. No acumulado dos nove primeiros meses, naturalmente, as chinesas aparecem com penetração mais modesta: 1%. Com 6 mil e 5,9 mil unidades, respectivamente, BYD e GWM têm, na prática, 0,5% de penetração cada uma em 2023 e somadas 11,9 mil unidades licenciadas.
É bom lembrar, contudo, que mais da metade dessa frota, 6,3 mil unidades, foi negociada somente nos últimos dois meses. Se apenas mantiverem a média de agosto e setembro no último trimestre — e devem superá-la, quase certo —, as duas marcas encerrarão 2023 com cerca de 24 mil veículos negociados. Em 2022, por exemplo, a Citroën vendeu pouco mais 29 mil automóveis de passeio.
Do AutoIndústria