Cai a desigualdade de renda no Brasil, diz Ipea
Renda dos ocupados cresce desde 2005
De 1990 a 2007, somente em seis anos houve redução plena da desigualdade de renda no Brasil (pessoal e funcional). É o que detalha o Comunicado do Ipea, “Distribuição funcional da renda no Brasil: situação recente”, que será apresentado na quarta-feira, em entrevista coletiva, pelo presidente Marcio Pochmann.
A queda na desigualdade da renda do trabalho (distribuição pessoal da renda) não significa, necessariamente, melhor distribuição funcional da renda no país (divisão da renda entre trabalho, poder público e rendimentos de propriedade).
Conforme ocorreu nos períodos de 1990-96 e de 2001-04, a queda na repartição pessoal da renda se deu simultaneamente ao aumento na desigualdade da distribuição funcional da renda.
Para haver melhora geral na distribuição da renda nacional, é necessário que o aumento do peso relativo da parcela do trabalho (repartição funcional) ocorra simultaneamente à redução da desigualdade na repartição pessoal da renda do trabalho.
O novo estudo do Ipea apresenta números de 1990 a 2007, mostrando que a renda nacional cresceu, mas o percentual de renda do trabalho é menor hoje. Há também dados por setores econômicos, variação da renda de ricos e pobres e comparação com gastos públicos.
Entre 2000 e 2006, o pagamento de juros da dívida pública respondeu em média por 7% ao ano da renda nacional. No mesmo período, a soma dos gastos da União com saúde, educação e investimentos não chegou à metade do total das despesas com juros.
Do Ipea