Câmara aprova reajuste de 7,7% para aposentadoria e fim do fator previdenciário
As medidas seguem agora para apreciação no Senado, ainda sem prazo definido de votação
Raquel Camargo
Para o secretário geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão,
é uma pena que o tema só seja tratado em ano eleitoral
A Câmara Federal aprovou na noite de terça-feira o fim do fator previdenciário e um reajuste de 7,71% para as aposentadorias com valores acima do salário mínimo. Agora, as duas propostas seguirão para o Senado, onde serão votadas.
O percentual aprovado para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo
é superior ao que o governo negociou com as centrais sindicais.
Nessas negociações, o governo acenou com reajuste de 7%, índice que as centrais se dispuseram a aceitar desde que houvesse uma política permanente de recomposição do poder de compra dessas aposentadorias, como já existe para o salário mínimo.
“É uma pena que esse tema somente tenha sido tratado pelo Congresso só em ano eleitoral. Os parlamentares deixaram de aproveitar, ao longo dos anos, as oportunidades surgidas de estabelecer uma política de valorização das pensões e aposentadorias, bem como o fim do fator previdenciário”, comentou o secretário geral do Sindicato, Wagner Firmino, o Wagnão.
“É por isso que devemos desconfiar de partidos como PSDB e DEM. Eles são os principais responsáveis pelo achatamento das aposentadorias durante os oito anos do governo FHC e agora se travestem de bons moços”, afirmou o dirigente.
O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, disse que a Central deve aprovar uma resolução defendendo os 7,71% e o fim do fator previdenciário, que é uma pauta histórica do movimento sindical. Ele também vai recomendar pressão sobre o Senado para que mantenha a decisão da Câmara Federal.