Câmara dos EUA aprova acordo para aumentar teto da dívida pública
Por 269 votos e 161 contra, a Câmara dos Representantes dos EUA, de maioria republicana, aprovou nesta segunda-feira (01/08) o plano de elevação do teto da dívida pública do país em 2,1 trilhões de dólares. A medida, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, é necessária para evitar uma inédita moratória dos Estados Unidos. A data limite para evitar o calote é nesta terça-feira (02/08).
Depois dessa data, o Tesouro dos EUA não teria mais dinheiro para pagar despesas e os juros da dívida. A suspensão do pagamento da dívida americana provocaria o aumento das taxas de juros do país e a inédita queda da classificação da dívida norte-americana pelas agências de risco – o que ainda não está descartado.
A decisão foi anunciada pelo presidente Barack Obama na noite de domingo (31/07), quando ele mesmo definiu que este não era “o acordo de seus sonhos”.
Os EUA atingiram seu limite de endividamento em maio, mas o governo usou manobras para garantir o pagamento das contas até esta terça-feira.
Com o acordo, o limite não deverá ser novamente aumentado até o ano de 2013, para evitar novas lutas partidárias durante as eleições de 2012. Também foi acordado um corte do déficit de um trilhão de dólares, além de um plano para complementar essa redução em 1,5 trilhão de dólares adicionais durante os próximos dez anos, que deverá ser aprovado em dezembro.
Serão economizados mais de 900 bilhões ao longo de uma década em despesas domésticas, incluindo a Defesa (350 bilhões) e programas civis.
Os democratas, contrariados com o resultado, decidiram votar nos últimos segundos. Entre os partidários de Obama, 95 votaram a favor e 95 contra. Entre os republicanos, 173 foram a favor e 66 contra. Para a aprovação do acordo, eram necessários 216 votos.
Os EUA atingiram seu limite de endividamento em maio, mas o governo usou manobras para garantir o pagamento das contas até esta terça-feira.
Do Opera Mundi