Caminhoneiros podem deflagar greve nacional a partir de 1º de novembro

Categoria encaminhou pauta de reivindicações para o governo Bolsonaro, deu prazo de 15 dias para resposta e aprovou estado de greve em reunião realizada no sábado

Foto: Divulgação

O governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) tem o prazo de 15 dias para atender a pauta de reivindicações dos caminhoneiros, caso não atenda, a categoria iniciará paralisação a partir do dia 1º de novembro. Essa decisão foi aprovada por caminhoneiros em encontro nacional realizado neste sábado (16), no Rio de Janeiro.

pauta de reivindicações dos caminhoneiros inclui itens como a revisão da política de preços dos combustíveis na Petrobras, o estabelecimento de um valor mínimo de frete e a melhoria e construção de novos pontos de descanso para a categoria. Os caminhoneiros também exigem reformas no poder legislativo: a aprovação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Nosso estado de greve significa dizer para o governo Bolsonaro que o prazo de três anos que ele teve para desenvolver, desencadear, melhorar a vida do transportador autônomo não foi cumprido”, declarou em vídeo o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTLAlberto Litti Dahmer, que também encaminhou as demandas ao ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Dahmer disse ainda que os caminhoneiros estão em estado de greve e aguardam que o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, atenda a pauta de reivindicações da categoria. (Veja abaixo principais pontos). 

“Daremos mais 15 dias para que a nossa pauta, que é de conhecimento do ministro Tarcísio e do governo Bolsonaro, seja aplicada de fato para os caminhoneiros”, reforçou Litti. 

O diretor da CNTTL disse que os caminhoneiros passam por momentos de dificuldades nunca vistos e a situação tem piorado nestes últimos três anos de desgoverno de Bolsonaro. “Nosso chamado de paralisação tem o respaldo de 1 milhão de caminhoneiros  e a sociedade virá conosco”, destaca Litti no vídeo.

O encontro dos caminhoneiros, que reuniu trabalhadores de várias regiões do país, foi organizado pela CNTTL, Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) – entidades representativas da categoria no Brasil.

Principais reivindicações dos caminhoneiros

Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI);

Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;

Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;

Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);

Aperfeiçoamentos na proposta do Voto em trânsito no Senado.

Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015) entre outras medidas.

Da CUT.