Campanha do Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra as mulheres
Campanha terá continuidade hoje com ato às 9h na Praça da Matriz, em São Bernardo. Brasil é o 7º país do mundo em agressões contra mulher, com mais de 90 mil feminicídios registrados de 1980 a 2010.
Brasil é o 7º país com mais agressões contra mulher
Toda a categoria está convidada a participar do ato que a CUT-ABC realiza hoje, às 9h, na Praça da Matriz, em São Bernardo, para dar continuidade na região à campanha Laço Branco, Homens pelo fim da violência contra as mulheres, que já recebeu a adesão dos metalúrgicos do ABC.
O ato de hoje faz parte de uma série de atividades pelo Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, ocorrido ontem, dia 25.
“O Brasil é o 7º país com maior índice de agressões contra pessoas do sexo feminino”, denuncia a coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.
“Cerca de 90 mil mulheres foram assassinadas de 1980 a 2010 no País”, lembra. “Já que os números são alarmantes, é importante divulgarmos o que acontece para mudarmos esta situação”, afirma Ana Nice.
Ação global
De acordo com a dirigente, o Sindicato prosseguirá com a campanha realizando assembleias nas fábricas da base para ampliar o debate sobre o assunto. A de hoje será na Arteb, em São Bernardo, às 14h.
Já no dia 7 de dezembro, o Sindicato participa de panfletagem às 9h na Praça da Matriz, também em São Bernardo, para conscientizar a população.
A Campanha do Laço Branco está presente em mais de 55 países e é apontada pela Organização das Nações Unidas, a ONU, como a maior ação global com a participação dos homens no combate à violência contra a mulher.
“Ela foi instituída no Canadá por um grupo de homens que se posicionaram contra a violência às mulheres após o assassinato de14 estudantes que chocou profundamente o país em 1989”, explicou a dirigente. Em 2007, o governo brasileiro reconheceu a importância da campanha e a instituiu com a Lei 11.489.
Preconceito e sexismo
Ana Nice aproveitou para destacar que a presidenta Dilma Rousseff disse ontem que esta prática é uma das mais fortes maneiras de expressar o preconceito e o sexismo que existe na sociedade brasileira dos mais fortes contra as mulheres.
“Por meio de sua conta no Twitter, a presidenta ressaltou também que o combate às violações é essencial para sermos uma nação mais justa, cidadã e igualitária”, prosseguiu.
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 50 mil estupros foram registrados no Brasil em 2012, um crescimento de 18% em relação ao ano anterior.
Dia homenageia irmãs ativistas
O Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, 25 de novembro, homenageia três irmãs ativistas políticas latino-americanas (Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal), conhecidas como Las Mariposas, que em 1961 foram brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominicana.
A data é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1999.
Com o objetivo de denunciar a dimensão do feminicídio e toda forma de violência contra a mulher, ainda será realizada a campanha mundial 16 dias de ativismo pela não violência contra pessoas do sexo feminino, de 25 de novembro até 10 de dezembro, data em que é comemorado o Dia internacional dos Direitos Humanos.
Da Redação