Campanha do Laço Branco reforça combate à violência contra a mulher
Foto: Edu Guimarães
Para intensificar as políticas públicas realizadas ao longo do ano voltadas ao combate à violência contra a mulher, os Metalúrgicos do ABC e a Prefeitura de São Bernardo lançaram ontem a campanha de 2015 do Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra a mulher.
A ação acontecerá até 10 de dezembro, data em que é celebrado o Dia internacional dos Direitos Humanos, com uma série de atividades para reflexão sobre o tema. O evento aconteceu na praça da igreja Matriz, centro da cidade.
“Estudos apontam que as diversas formas de violência, seja física ou sexual, afetam um terço das mulheres em todo o mundo. E muitas destas agressões são feitas pelos parceiros”, denunciou a diretora executiva e coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho (foto). “Na última década, a Central de Atendimento à Mulher, pelo Ligue 180, efetuou 4,7 milhões de atendimentos”.
A dirigente lembrou que a Campanha do Laço Branco surgiu em 1989 com a mobilização de homens canadenses pelo fim da violência contra a mulher após o massacre de 14 jovens estudantes de Engenharia da Universidade de Montreal.
“E, desde 2013, São Bernardo tem intensificado ações com oficinas e seminários para reflexão sobre esse grave problema que afeta a população feminina em diversos países”, declarou Ana Nice.
O coordenador da Comissão de Saúde do Sindicato, Amarildo Sesário de Araújo, contou que no País, de 2001 a 2011, ocorreram mais de 50 mil feminicídios, o que equivale a aproximadamente cinco mil mortes por ano.
“Acredita-se que grande parte desses óbitos foi decorrente de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que a maioria desses casos teve o domicílio como local de ocorrência”, disse Amarildo.
Durante a atividade, o secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de São Bernardo e ex-diretor do Sindicato, Tarcisio Secoli, contou que a prefeitura desenvolve uma série de políticas e ações afirmativas pela igualdade entre mulheres e homens, como o Centro de referência e Apoio à Mulher Márcia Dangremon, que acolhe mulheres vítimas de violência; e a capacitação sobre igualdade entre mulheres e homens no Programa Saúde na Escola, o PSE.
Desde 2006, País conta com a Lei 11.340, batizada de Maria da Penha, que combate a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Da Redação.