Campanha Salarial 2015 – Vamos por fogo nas negociações
Em assembleia ontem na portaria da fábrica, trabalhadores na Mahle, em São Bernardo, aprovam disposição de luta para nova fase de mobilização da Campanha Salarial 2015
O Sindicato convoca a militância para participar hoje da Comissão de Mobilização para encaminhamentos à luta da Campanha Salarial 2015. “Vamos por fogo nas negociações”, declarou o coordenador na Regional Diadema, David Carvalho, que acompanha as rodadas com as bancadas patronais.
A ação é o pontapé para destravar a pauta de reivindicações que já é discutida e explicada aos patrões desde o dia 23 de julho, com o início das rodadas. “A nossa resistência tem que ser aguerrida e com disposição de luta para combater qualquer tentativa de retrocesso”, afirmou o dirigente.
“O que eu mais tenho escutado dos empresários é que não tem clima para discutir campanha, agora a gente também precisa discutir se tem clima para os trabalhadores produzirem”, disse David. Segundo o coordenador, até o momento foram 24 mesas de negociações onde todas as cláusulas sociais foram amplamente discutidas.
“Agora é a vez de colocar as cláusulas econômicas. A Campanha está extremamente difícil e, por isso, entramos em uma nova fase de mobilização. Se não tiver reajuste, a temperatura vai subir e a responsabilidade do que acontecer será só dos patrões”, completou.
As próximas reuniões agendadas são do Grupo 3 – que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos – e acontecem hoje, às 10h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba; e quarta, dia 16, às 10h, em São Bernardo, com local a definir.
Dentre os principais eixos da pauta de reivindicações estão redução da jornada de trabalho sem redução no salário; reposi- ção da inflação e aumento real; unificação e valorização dos pisos; e a valorização das cláusulas sociais. O tema da Campanha este ano é “Nenhum Direito a Menos e Mais Avanços Sociais”.
A data-base do ramo metalúrgico cutista é 1º de setembro e estão em Campanha aproximadamente 200 mil trabalhadores na base da FEM.
Da Redação