Campanha salarial em tempos de crise
A instabilidade econômica originada da crise internacional não prejudicou os acordos de negociações coletivas dos reajustes salariais assinados no primeiro semestre deste ano.
Esse é o resultado do levantamento do Sistema de Acompanhamento de Salário – SAS – Dieese, que comparou em 2008 e 2009 um conjunto de 100 acordos coletivos firmados entre janeiro e maio de diferentes categorias no Brasil.
O estudo mostra que 96% das negociações coletivas asseguraram pelo menos a recomposição das perdas, enquanto em 2008 o resultado foi de 89%.
Quanto ao número de negociações que garantiram aumento real, estas permaneceram estáveis: 77%, em 2008, e 78% em 2009, conquistando em sua maioria (53%) reajustes entre 0,01% e 1% acima da inflação.
Vamos à luta
Para as negociações do segundo semestre, que compreende as principais categorias econômicas (bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos) espera-se negociações muito mais complexas que as do ano passado, uma vez que o atual cenário econômico vive a contradição
de um primeiro semestre fraco em virtude da crise internacional, e um segundo semestre de recuperação da economia com boas perspectivas de crescimento para 2010.
Mas, independentemente das diversas previsões, das distintas variá-veis, o que vai garantir o direito dos trabalhadores e a conquista de melhores salários será o poder de mobilização das categorias e, em especial, dos metalúrgicos do ABC.
Subseção Dieese