Campanha Salarial: Negociação com o G10 continua na sexta (30)

Expectativa da FEM-CUT é avançar nas discussões porque a pressão da categoria continua

Já se passaram quatro rodadas e até agora a bancada patronal do Grupo 10 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, material bélico, estamparia, equipamentos odontológicos entre outros) não avançou na discussão da melhoria de vários direitos sociais propostos pela FEM-CUT.

Na manhã de terça, 27, a FEM-CUT se reuniu com o grupo patronal na sede da FIESP e debateu a importância de mudar a data-base da categoria, que hoje é 1º de novembro, para 1º de setembro, bem como de incluir na  Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a cláusula que garante estabilidade no emprego até a aposentadoria para o trabalhador portador de doença profissional – esta importante conquista já está assegurada nas demais bancadas patronais e só no G10 esta cláusula tem sido debatida judicialmente.

Segundo o presidente da FEM-CUT, Valmir Marques (Biro Biro), a expectativa é que na próxima rodada, agendada para o dia 30, às 15h, na sede da FIESP, o G10 avance nas discussões. “Termina na sexta o prazo da vigência da  Convenção Coletiva de Trabalho 2008-2009, portanto, enquanto a bancada não avançar nas discussões da nossa pauta a pressão da categoria aumentará”, finaliza Biro.

 
Base
A Federação representa cerca de 15 mil metalúrgicos nos setores do G10 em todo o Estado e a data-base é 1º de novembro – último setor em Campanha Salarial na base da FEM neste ano.Depois de três meses de impasse, a bancada patronal do Grupo 8 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro, rodoviários entre outros) finalmente apresentou uma contraproposta econômica que atendeu à expectativa da categoria metalúrgica. A bancada propôs à FEM-CUT reajuste salarial de 6,53% (4,44% de reposição da inflação referente à data-base da categoria, 1º de setembro, e 2% de aumento real) e correção de 6,3% nos pisos salariais. Acima do teto salarial de R$ 4.539 será incorporado ao salário o valor fixo de R$ 286. “Finalmente, chegamos a consenso com esta bancada patronal. O reajuste salarial de 6,53% foi conquistado nas demais bancadas. Conquistamos no G8  a estabilidade e licença para as trabalhadoras que sofreram aborto. Este foi um avanço importante”, afirma Valmir Marques (Biro Biro), presidente da FEM-CUT.  Os novos reajustes (salário e pisos) serão pagos retroativos à data-base da categoria, 1º de setembro.

 
CCT e conquistas sociais
Os trabalhadores do Grupo 8 conquistaram avanços significativos nos direitos sociais. A FEM assinou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o G8, na tarde de segunda, dia 26.  Esta é a última bancada patronal que a FEM-CUT encerra a negociação da Campanha Salarial 2009, com data-base em 1º de setembro. A Federação representa cerca de 25 mil metalúrgicos nas empresas do G8 em todo o Estado. Até o momento foram firmadas Convenções com as bancadas dos Grupos 2 (máquinas e eletroeletrônicos), 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e Fundição. Na sexta, dia 30, às 11h, na sede do Sinfavea, a FEM assinará a CCT com as Montadoras.
Confira abaixo os principais direitos sociais conquistados no Grupo 8: 
 
“Promoção em cargos”
O (a) trabalhador (a) que assumir uma função superior ao que vem exercendo na empresa, após o prazo de 75 dias nesta função, será automaticamente promovido.  Antes, o prazo era 90 dias.
 
Ausência justificada
O (a) trabalhador (a) terá o direito de escolher faltar um dia em caso de internação do (a) filho (a), do (a) esposo (a) para fins cirúrgicos, podendo optar entre o dia da internação, da cirurgia ou da alta médica.
 
Estabilidade e licença em caso de aborto (novo)
Esta é uma conquista inédita nesta bancada patronal. A trabalhadora que sofreu aborto não criminoso terá estabilidade no emprego de 60 dias. Também terá assegurada a garantia de uma licença até a sua plena recuperação.
 
Promoção ao 1º Emprego
As empresas do Grupo 8 poderão contratar pessoas da faixa etária de 18 a 24 anos, sem experiência profissional em carteira. Este compromisso contribuirá na geração de novos postos de trabalho para os jovens.
 
Vigilância eletrônica
As empresas do Grupo 8 não poderão instalar câmeras/aparelhos de filmagem nos locais de trabalho, bem como estarão proibidas de utilizarem qualquer imagem para fins disciplinare

Da FEM-CUT