Campanha Salarial: Negociação de direitos sociais avança com montadoras
Na rodada de ontem, as montadoras concordaram com seis novas cláusulas sociais. No grupo 3 (autopeças, parafusos e forjaria) não houve avanços. As negociações prosseguem hoje.
Campanha Salarial: Negociação de direitos sociais avança com montadoras
Na rodada de ontem, as montadoras concordaram com seis novas cláusulas sociais. No grupo 3 (autopeças, parafusos e forjaria) não houve avanços. As negociações prosseguem hoje.
Com a aceitação de seis
novos direitos, estão praticamente
concluídas as negociações
das cláusulas sociais com
as montadoras.
Na negociação de ontem,
as empresas concordaram
em substituir o tempo de
amamentação durante licença,
com garantia de emprego
em caso de aborto, ampliar
a garantia de emprego
à gestante, com novos valores
e prazo para o pagamento
do auxílio creche, providenciar
acessibilidade a pessoas
com deficiência e contratar
por diversidade (veja abaixo). As atuais cláusulas
sociais seriam renovadas.
Grupo 3 – “São avanços importantes
que incorporam uma parte
das reivindicações das comissões
temáticas dos metalúrgicos
do ABC”, salientou
o presidente do Sindicato,
José Lopez Feijóo.
Feijóo lembrou ainda
que tudo isso será submetido
a debate e votação pelos
trabalhadores em assembléia.
“Manter a mobilização é importante
para que tudo isso
se transforme em conquista”,
destacou o presidente do Sindicato,
pois as negociações
ainda continuam.
Já as negociações com
autopeças, parafusos e forjarias,
setores que compõem o
grupo 3, também continuaram
ontem nas cláusulas sociais.
Em especial, a que poderá
conceder licença remunerada
às mulheres vítimas de
violência doméstica.
Hoje tem rodadas de negociação
com as montadoras e
amanhã com fundição e grupo
9. Na sexta-feira novo encontro
com o grupo 9 e montadoras.
Cláusulas sociais que podem entrar na convenção
Auxílio creche – mães terão auxílio creche pago a cada filho até os dois anos
da criança. Os valores serão de 20% do piso das montadoras para o pagamento
de creches e de 10% do piso para assistência alternativa, quando a criança é cuidada
por familiares ou babá que não apresentem recibo. Hoje, o pagamento e os
prazos variam por fábrica e continuam valendo as que oferecem melhores condições.
Amamentação – as mulheres poderão transformar numa licença de oito dias
úteis os dois períodos diários de meia hora que a lei lhes garante para amamentar.
Licença maternidade – passará para seis meses o período de garantia de emprego
após o parto.
Em caso de aborto – mulheres que sofrerem aborto terão 30 dias de garantia
de emprego após término do repouso remunerado.
Diversidade para contratação – as empresas não podem discriminar na
hora de contratação. Isso significa que elas deverão dar atenção igual a jovens
entre 18 e 24 anos, homens, mulheres e também trabalhadores acima de 40 anos
de idade, independente de etnia, opção religiosa ou sexual.
Acessibilidade – as montadoras deverão garantir acesso e mobilidade para pessoas
com deficiência nas novas construções e reformas de instalações .