Campanha Salarial: No ABC, por avanços sociais. Em Brasília, pelo contrato nacional
Assembléia conjunta de mensalistas e horistas ontem na Toyota reafirmou disposição de luta para avançar nas cláusulas econômicas e sociais. Em Brasília, atos de metalúrgicos pedem contrato coletivo nacional e fim da rotatividade.
Pelo contrato
nacional e contra o teto
A luta pela ampliação de
conquistas, pelo contrato coletivo
nacional e contra o
teto para o reajuste nesta
campanha salarial continua
provocando manifestações
dos metalúrgicos.
Ontem, trabalhadores
mensalistas e horistas na
Toyota voltaram a insistir na
necessidade do acordo com
validade por dois anos, a
melhoria nos pisos para além
da correção do salário, avanços
nas cláusulas sociais e o
contrato coletivo nacional,
que garanta direitos iguais
aos metalúrgicos brasileiros
(ver matéria na página 3). Foi
a primeira assembléia conjunta
de mensalistas e horistas
na fábrica.
Teto e pauta – Outro foco da assembléia foi a manifestação contra
o teto para aplicação do
reajuste e a pauta do Coletivo
de Metalúrgicos Mensalistas.
Ela reivindica nas montadoras
plano de cargos e
salários, a regularização de
trabalhadores contratados
como pessoas jurídicas (PJs),
e equiparação nos preços das
refeições.
Simone Vieira, do SUR
na Ford e do Coletivo dos
Mensalistas, alertou que a
mobilização é para impedir
qualquer perda no reajuste
salarial.
“Tanto o segmento mensalista,
como aqueles companheiros
que têm o reajuste
salarial afetado pelo teto, sentem
uma forte discriminação
das empresas”, revela.
Plano combate discriminação
Tão importante para
combater discriminações é o
restante da pauta dos mensalistas.
Mesmo fora da campanha
salarial, o plano de cargos
e salários é uma das reivindicações,
pois em nenhuma
das montadoras os trabalhadores
conhecem critérios de promoção. “A gente vê
distorções gritantes como
salários diferentes para funções
iguais e os chefes ditando
suas regras para as promoções”,
protesta Ronaldo
Souza, da Comissão de Fábrica
na Volks e também do
Coletivo de Mensalistas.
Outro ponto é a equiparação
nos preços das refeições.
O que muda nas fábricas
é o ambiente ou a separação
nos refeitórios, porém
a alimentação é sempre a
mesma.
A diferença está no preço,
muito mais alto para para
trabalhadores mensalistas.