Campanha Salarial: Todo mundo na assembléia amanhã!
Além de melhores salários, um dos principais pontos em discussão será a necessidade de negociações sobre educação formal e profissional dos metalúrgicos. A assembléia será na Sede do Sindicato, em São Bernardo, às 18h.
Pesquisa confirma necessidade de avanços
Pesquisa sobre o perfil do
metalúrgico no País, divulgada
na semana passada, reforçou
a necessidade da conquista
de novas cláusulas sociais
na campanha unificada
que está começando.
A pesquisa foi feita pelo
Dieese e mostrou que o nível
de escolaridade do metalúrgico
melhorou nos últimos
dez anos mas, mesmo assim,
47% dos metalúrgicos não
têm o ensino médio.
Nos debates regionais
sobre a campanha, os sindicatos
pediram prioridade em
negociações sobre educação
formal e profissional dos trabalhadores.
Além disso, o coletivo
estadual da juventude elegeu
como uma das prioridades a
subvenção dos estudos.
O estudo do Dieese mostrou
que os jovens até 24 anos
representam 23% dos metalúrgicos
e a tendência é a entrada
de pessoas cada vez mais
jovens na categoria.
“A elevação da escolaridade
representa um dos principais
meios para impedir o
fechamento de postos de trabalho
provocado pelo avanço
da tecnologia”, disse Rafael
Marques, secretário-geral
do Sindicato.
A pesquisa confirmou a
existência de discriminação
no mercado de trabalho metalúrgico,
reforçando a luta
das comissões de mulheres
por igualdade de oportunidades
no serviço.
As mulheres, que representam
15,7% da categoria,
ganham apenas 73% do salário
do homem. A renda
média do homem é de R$
1.744, a da mulher é de R$
1.270.
A CUT também quer a
redução da jornada de trabalho
para 40 horas semanais,
o que criaria cerca de 420 mil
empregos na categoria.
“O desenvolvimento
econômico aumentou o poder
de pressão dos trabalhadores
brasileiros e a categoria
está reconquistando empregos,
salário e condições de
trabalho. Neste ano não poderá
ser diferente”, comentou.
Rafael.