Campanha Salarial: Todos juntos na Sede no Sábado. Assembleia decisiva às 10h!

Nesta quarta-feira, trabalhadores em mais seis fábricas fizeram assembleias de mobilização

Trabalhadores em mais seis fábricas da base participaram nesta quarta-feira de assembleias de mobilização da Campanha Salarial, aprovando a realização de protestos, manifestações e paradas da produção na próxima semana caso os patrões não apresentem propostas satisfatórias na assembleia geral deste sábado no Sindicato.

No ato realizado de manhã pelos mensalistas na Ford, os trabalhadores nas áreas administrativas insistiram no fim do teto para aplicação do reajuste salarial.

“A companheirada quer também o fim das PJs, licença maternidade de 180 dias, entre outras reivindicações para garantirem melhores condições de trabalho e mais qualidade de vida”, disse Simone Vieira, do CSE e da Comissão de Mensalistas.

Mas o fim do teto e a licença de 180 dias encontram grande resistência das montadoras, segundo o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, Valmir Marques, o Biro Biro.

“Elas só vão concordar quando perceberem que os mensalistas estão organizados e poderão iniciar movimento de protesto, fazendo greve se preciso”, afirmou.

Indignação
Por isso, o SUR na Scania realizou nesta quarta atos em todos os departamentos administrativos, que duraram cerca de meia hora cada um. Os companheiros defenderam o fim das condições precária de trabalho, mais transparência nos planos de cargos e salários, fim do assédio moral, das meta abusivas e do teto.

“Eles estão indignados com a falta de respeito e se sentem discriminados”, disse Daniel Calazans, coordenador do SUR.

Amanhã, todos os trabalhadores, horistas e da área administrativa, realizam um grande ato a partir das 7h.

Luta na próxima semana caso não exista uma proposta satisfatória dos patrões foi a decisão da companheirada na Masaflex, em Ribeirão Pires, e na Dura, em Rio Grande da Serra.

Futuro
“O pessoal não quer discutir o passado, mas o futuro, que é muito bom. Por isso, eles querem um aumento real, de acordo com as perspectivas de crescimento do País”, disse Nelsi Rodrigues da Silva, o Morcegão, coordenador em Ribeirão e Rio Grande.

Nas duas empresas, os trabalhadores confirmaram presença maciça na assembleia geral de sábado.

Duas assembleias aconteceram também em Diadema. Na Delga, o clima foi de mobilização, com o pessoal aprovando disposição de ir à luta por um bom acordo.

“Eles avisaram que o aumento da produção não permite um acordo sem um bom aumento real, que contemple suas expectativas”, comentou Claudionor Nascimento, diretor do Sindicato.

Também houve assembleia na Dana Nakata. “O pessoal quer um acordo que reflita o bom momento de crescimento da economia e da produção”, comentou David Carvalho, coordenador na cidade.

Negociações: avanço só na Fundição
Nas negociações desta quarta, a Fundição concordou em ampliar a licença maternidade para 180 dias. Em relação ao aumento salarial, a bancada patronal ficou de apresentar uma nova contra proposta, já que os 2,5% de aumento real foram rejeitados.

“Estamos confiantes que amanhã fecharemos um acordo”, disse Valmir Marques, o Biro Biro, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT.

Já com as Montadoras as negociações ainda estão no começo, com os debates abordando apenas pontos gerais. Na semana passada esse grupo patronal disse que não concordava com o fim do teto e com a licença de 180 dias. 

Na  sexta-feira estão programadas negociações com o G 3, Fundição e Montadoras.

Atualizado em 02-09-2010/ 09:22:25