Campo e cidade se unem pela Reforma Agrária


José Rainha Junior, líder sem-terra, um dos organizadores do ato. Foto: Raquel Camargo / SMABC

Os Metalúrgicos do ABC participarão de ato em defesa da Reforma Agrária que reunirá trabalhadores do campo e da cidade em Lucélia, município da Região da Alta Paulista.

A partir das 10h, deste sábado, dia 28, todos se reunirão para ocupar a Avenida Internacional para denunciar o aumento da repressão contra quem faz a luta por terra e contra os movimentos sociais no Estado de São Paulo.

“Nos uniremos a essa luta para chamar a atenção da sociedade contra tentativa de criminalização dos movimentos sociais e alertar contra a truculência do governo Alckmin em casos como a desocupação da favela Pinheirinho, entre outros” afirmou Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato.

Um dos alvos dessa criminalização foi o líder sem-terra José Rainha Junior, que se reuniu com a direção do Sindicato no início de abril, depois de ficar nove meses preso.

Nesse período, o governo Alckmin aprovou projeto de lei que legaliza a invasão de terras por fazendeiros na Região do Pontal do Paranapanema, em São Paulo.

Solto pelo Supremo Tribunal Federal, Rainha reafirma sua inocência e acusa o governo do Estado e as elites rurais paulistas de estarem por trás da sua prisão.

“A reação da sociedade, dos operários, sindicatos, deputados e trabalhadores pela causa da Reforma Agrária fez com que o Judiciário entendesse que nós, sem-terra, não somos um movimento criminoso, mas, sim, um movimento social”, disse Rainha.


Luta é de todos, afirma Adi. Foto: Raquel Camargo / SMABC

Fórum pela Reforma Agrária
Seminário de Planejamento realizado na semana passada pela CUT-SP definiu a criação do Fórum São Paulo Pela Reforma Agrária, que vai aumentar a relação da Central em São Paulo com os trabalhadores do campo.

“Queremos acelerar o processo de Reforma Agrária das terras devolutas como essas da região do Pontal do Paranapanema”, afirmou Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP.

“Entendemos que a luta pela democratização da terra tem que ser abraçada por todos os trabalhadores do campo e da cidade”, finalizou.

Da Redação