Carro elétrico: falta estratégia, falta política, falta tudo!
Há algum tempo, a eletrificação automotiva vem ocupando as discussões sobre as medidas de enfrentamento ao aquecimento global e a consequente reestruturação da indústria automobilística mundial.
Esse movimento tem se consolidado principalmente nos países centrais, como China, Estados Unidos, Alemanha e França. Na contramão, o governo brasileiro renúncia da sua condição de apresentar políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento e consequente difusão dessa tecnologia no país.
Ao contrário, temos uma política tributária distorcida e que favorece a importação de veículos elétricos, pagando menos impostos que os similares com motor à combustão interna. Mantida essa lógica, no curto prazo os elétricos importados poderão ocupar todo o espaço desse mercado em nosso país.
De fato, matéria recentemente divulgada no blog Automotive Business mostra que na ponta do lápis, a troca do veículo premium de combustão interna pelo veículo elétrico importado já é mais favorável no Brasil.
Mesmo com toda a negligência de uma inexistente política automotiva por parte do atual governo, sindicatos de trabalhadores, como os Metalúrgicos do ABC, juntamente com universidades e parte do empresariado brasileiro, têm se articulado para encontrar soluções, a exemplo do veículo híbrido a etanol, que pode ser uma alternativa nacionalmente apropriada e mais acessível para o consumidor brasileiro.