Carro híbrido e incentivo no NE moldam planos da Stellantis
Montadora começa a analisar o novo ciclo de investimentos para o Brasil
Enquanto o governo federal preparava os últimos detalhes do novo programa do carro popular, que será anunciado nesta quinta-feira (25), o presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para uma conversa que foi muito além desse tema. Filosa foi conferir com Haddad a disposição do governo para aceitar condições que a companhia estabelece para continuar a investir pesado no Brasil.
As duas principais são a manutenção de incentivos no Nordeste, onde fica uma das maiores fábricas do grupo, e estímulo para desenvolver e produzir, no país, carros híbridos movidos a etanol. A direção mundial da Stellantis, dona das marcas Fiat, Chrysler, Peugeot e Citroën, entre outras, analisa, nesse momento, as condições de cada região para definir os próximos ciclos de investimento.
No Brasil, o programa em curso, que envolve R$ 16 bilhões, se esgotará em 2025. Filosa conversa com o governo local e a matriz para garantir que o próximo ciclo, que abrangerá o período de 2026 a 2030, seja tão ou mais robusto que o atual, iniciado em 2018. O executivo italiano entregou a Haddad um estudo sobre impactos positivos, sob a ótica social e da arrecadação, no entorno de Goiana (PE), desde 2015, quando o grupo inaugurou uma fábrica na região.
Os incentivos federais para o setor no Nordeste terminam em 2025. Ou seja, no ano em que a Stellantis também encerrará o atual ciclo de investimentos. Além de destacar o interesse num tratamento especial para o desenvolvimento regional, principalmente no Nordeste, o executivo também falou sobre a posição da montadora em relação à futura matriz energética veicular no país. A Stellantis pretende produzir carros híbridos no país, tendo o etanol como principal fonte de energia.
Do Valor Econômico