Carros elétricos e híbridos podem subir de preço; entenda

A partir de julho, aumento gradual da taxa de importação para elétricos chega ao segundo estágio e sobe de 10% para 18%; híbridos também têm alta

Desde janeiro, o imposto de importação está de volta ao Brasil para carros elétricos e híbridos. Ou seja, a exemplo dos carros puramente a combustão, os eletrificados agora também pagam taxa, caso venham de países de fora da Argentina (no Mercosul) ou do México – locais que praticam isenção, por meio de acordos comerciais com o Brasil. A volta, determinada pelo governo federal, é gradativa. E a segunda etapa já está batendo à porta. Vale, portanto, a partir de julho.

Sob o argumento de “desenvolver a cadeia automotiva nacional e contribuir para o projeto de neoindustrialização do País”, o governo federal publicou no Diário Oficial da União, em novembro do ano passado, a volta da cobrança do imposto de importação sobre veículos eletrificados. Isso, portanto, valia a partir de janeiro de 2024 de forma gradativa. A taxação, em síntese, ficou extinta para elétricos desde 2015. Para os híbridos, era de até 4%.

Voltando um pouco no tempo, cabe recordar que o fim da isenção do imposto de importação para veículos eletrificados se deve aos pedidos de diversas montadoras ligadas à Anfavea, a associação das fabricantes instaladas no Brasil. Em síntese, as montadoras afirmaram que o então corte do imposto afastava investimentos na produção local. Isso tudo, no entanto, aconteceu após a segunda leva da “invasão chinesa”, que, mais uma vez, trouxe produtos competitivos ao Brasil e, assim, abocanhou vendas de elétricos das fabricantes tradicionais.

Contextualizada a situação, cabe, no entanto, relembrar que a BYD, por exemplo, não praticou qualquer aumento em sua linha mesmo com a volta do imposto. É tanto que continua “bombando” em vendas no País. Liderou quase todo o top five dos modelos elétricos mais vendidos de maio, de acordo com números da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), com Dolphin Mini (1º), Dolphin (2º) e Seal (4º).

Do Jornal do Carro