Carros elétricos exigem aço com maior valor agregado
Carros elétricos já são uma realidade em diversos países. Além de provocarem mudanças no mercado de combustíveis, esse setor automobilístico promete mexer também com a indústria do aço. Em 2018 a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) previa que até 2030 a maioria das montadoras terão alguma plataforma de veículos elétricos em seus portfólios. A Volvo, por exemplo, se impôs a produzir somente carros elétricos a partir desse ano.
Parte desse movimento europeu deve-se a uma proposta de lei que proíbe a venda de carros com motor a combustão a partir de 2035. Engana-se, porém quem acredita que essa ação não irá reverberar globalmente: já se especula que a popularização dos carros elétricos vai aumentar a demanda pela liga de aço elétrico e o aço de alta resistência, além do aço inoxidável utilizado para proteger as baterias que equipam os carros híbridos.
Ainda que a estrutura do carro elétrico seja quase idêntica à do “convencional”, a maior alteração se deve aos motores elétricos e sistema de baterias, pois ambos utilizam uma cadeia de aços novos ligados ou não e ferrosos ou não. E sobre a quantidade de aço utilizado na montagem de carros elétricos, ela é menor em peso final, visto que não há presença de sistema de transmissão, tanque de combustível e outros elementos e sistemas presentes nos carros a combustão.
Porém a quantidade de aço com alto valor agregado é bem maior, tornando o custo de fabricação do carro elétrico em média maior. Logo, o peso em quilos final do veículo elétrico em média fica ligeiramente abaixo do carro a combustão, pois o completo e grande sistema de baterias compensa a falta de elementos presentes no carro a combustão.
Do Ipesi