Carros elétricos responderão por 55% das vendas no Brasil em 2040, diz estudo
Consciência do consumidor e alta capacidade de gerar energia limpa são destaques na transição energética, mas há desafios
O Brasil tem potencial para se tornar um dos grandes mercados globais de carros elétricos. A posição de destaque do país na transição para a mobilidade elétrica foi confirmada pelo estudo “Acelerando a mudança rumo à Mobilidade Sustentável no Brasil, da McKinsey & Company”, que trouxe dados muito interessantes sobre o perfil do consumidor e um futuro promissor nesse campo, desde que as transformações necessárias ocorram.
Em primeiro lugar, a pesquisa realizada nos principais centros urbanos do país mostra o que já havia sido indicado em outras análises: o brasileiro é mais suscetível às questões ambientais e sustentáveis, sobretudo ao carro elétrico, na comparação com outros países. Mas há dois pontos de divergência aqui: o preço de aquisição e a previsibilidade de recarga em rodovias, durantes as viagens. O interesse do público brasileiro pelos veículos elétricos é tão significativo que 30% comprariam um veículo elétrico mesmo sem uma opção de recarga em casa.
Além disso, 55% estariam dispostos a pagar entre 5% e 20% mais caro por eles, na comparação com um modelo a combustão equivalente, ainda que 40% deles informe que o preço é uma das maiores preocupações. De acordo com o estudo da McKinsey, o Brasil terá uma frota com 11 milhões de carros elétricos a bateria em circulação em 2040, um volume que representará 55% das vendas de veículos 0 Km no país – em 2022, a participação dos elétricos a bateria foi de apenas 0,4% no total de emplacamentos.
O estudo também apurou que o Custo Total de Propriedade de carros elétricos está em queda na comparação com os modelos a combustão. No caso do segmento médio (com preço entre R$ 200 mil e R$ 400 mil), o custo do elétrico já é inferior para quem roda mais de 150 km/dia. Mas a tendência é que por volta de 2030, esse custo já seja mais vantajoso para os carros elétricos mais acessíveis, o que ajudará na disseminação desses veículos.
Do InsideEVs