Carros híbridos vão triplicar participação na frota brasileira
Nos próximos 10 anos, presença da tecnologia nas ruas vai aumentar 3,6 vezes, enquanto a de veículos elétricos terá evolução bem mais discreta
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), fundada em 2004 e vinculada ao Ministério das Minas e Energia, divulgou um estudo elaborado em 2022 sobre “Demanda de Energia para Veículos Leves” em que projeta uma participação 3,6 vezes maior de modelos híbridos (convencionais e plugáveis) na frota brasileira até 2032. Significa passar de 1,9% para a 6,9%, uma projeção bastante factível.
Entretanto, a participação de carros 100% elétricos não acompanhará esse ritmo e na realidade ficará bem abaixo em termos percentuais. Note-se que não se trata de vendas, mas de participação na frota circulante por motorização (a frota real e não a simplesmente registrada pelo Denatran em que veículos fora de circulação com baixa oficial no registro são raros).
Dentro deste cenário destaca-se a Toyota, que acaba de anunciar um investimento de R$ 1,7 bilhão em suas duas fábricas no Estado de São Paulo: Sorocaba (onde produz Yaris hatch e sedã, além de Corolla Cross) e Porto Feliz (motores). A viabilização do projeto deu-se dentro do programa estadual Pró-Veículo Verde, pois haverá um novo modelo híbrido flex.
Não se trata de um subsídio convencional, pois o governo paulista deve R$ 1 bilhão em créditos do ICMS acumulados em exportações da fabricante japonesa para 22 países. Assim, ela deixa de recolher esse imposto ao longo de quatro anos até zerar o crédito. A empresa transformará 700 empregos temporários, hoje existentes nas duas fábricas, em efetivos. O governo do Estado de São Paulo pretende reduzir ou até zerar o IPVA para modelos híbridos e elétricos a partir de 2024. Até agora apenas o município de São Paulo abriu mão dos 50% que lhe cabem no IPVA.
Do Automotive Business