Carta de apoio a Genoino com 4 mil adesões é entregue ao STF
Documento assinado por artistas, intelectuais, jornalistas, lideranças políticas e admiradores do parlamentar continuará recebendo apoios pela internet
A carta de apoio ao deputado federal José Genoino (PT-SP) chegou a 4.067 adesões no início da tarde de ontem (10). O documento foi enviado pela defesa do parlamentar ao Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento dos recursos dos condenados na Ação Penal 470, o mensalão, foi suspenso na quinta-feira (5) para que os advogados dos acusados se manifestem sobre a validade dos embargos infringentes. A sessão será retomada amanhã.
As adesões ao manifesto intitulado “Nós estamos aqui” continuam pela internet. No momento de publicação deste texto, a lista continha 4.250 apoios. Segundo organizadores, há ainda 1.500 nomes em processo de confirmação pelo sistema virtual.
“Estamos aqui porque José Genoino traduz a história de toda uma geração que ousa sonhar com liberdade, justiça e pão. Estamos aqui, mostrando nossa cara, porque nos orgulhamos de pessoas como ele, que dedicam sua vida para construir a democracia. Genoino personifica um sonho. O sonho de que um dia teremos uma sociedade em que haja fraternidade e todos sejam, de fato, iguais perante a lei”, diz o texto da carta.
Entre as personalidades que o assinam estão a filósofa Marilena Chauí, o escritor Fernando Morais, o crítico literário Antônio Candido, o músico Jorge Mautner, a psicanalista Maria Rita Kehl, o cineasta Luiz Carlos Barreto, o prefeito de São Bernardo de Campo, Luiz Marinho, o ator Paulo Betti, os ex-ministros Franklin Martins (Comunicação) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), o escritor Flávio Aguiar, os jornalistas Luis Nassif, Ricardo Kotscho e Rodrigo Vianna.
O advogado do deputado, Luiz Fernando Pacheco, não apresentará novos documentos no processo. No entanto, vai pedir novamente a absolvição de Genoino, após a publicação do acórdão, o texto final do julgamento dos recursos. Genoino foi condenado a seis anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha e corrupção ativa.
Nesta fase do julgamento, os ministros analisam se os embargos infringentes são cabíveis para réus que tiveram quatro votos pela absolvição no julgamento de um crime. Se for aceito, o embargo infringente pode atender a pelo menos 11 réus: João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (no de formação de quadrilha).
Da Rede Brasil Atual