Caso Fris Moldu Car longe de um desfecho
Companheiros e companheiras na Fris fizeram assembléia ontem no Sindicato. A empresa ofereceu pagar apenas 30% do que deve a eles.
Os companheiros na
Fris Moldu Car, de São
Bernardo, realizaram assembléia
ontem na Sede do
Sindicato e decidiram dar
um último prazo para que a
empresa melhore a proposta
de pagamento dos seus
direitos.
Há um mês, a direção
da Fris afirmou que teria recebido
sondagens de compra
de parte do terreno da
fábrica e que esse dinheiro
poderia ser utilizado para
o pagamento dos trabalhadores.
O problema é que é de
ao menos R$ 10 milhões a
diferença entre o que a fábrica
quer pagar e o que os
companheiros têm direito.
Por isso, o Sindicato
pediu uma explicação dos
critérios utilizados no cálculo.
Mas só ontem os dados
chegaram e provaram que a
intenção dos patrões é a de
pagar apenas 30% dos direitos
dos trabalhadores.
“É inaceitável essa proposta.
Os números teriam
que, no mínimo, dobrar
para começarmos a pensar”,
explica José Paulo Nogueira,
diretor do Sindicato.
Zé Paulo conta ainda
que além do baixo valor
há outro problema, que é
a exclusão de mais de 200
companheiros da lista de
credores.
Hoje, o Sindicato participa
de nova assembléia
de credores para oferecer
o prazo à empresa e deixar
claro que, caso não haja proposta,
insistirá na falência,
por ser o único meio dos
trabalhadores receberem.